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Economia
Quarta - 04 de Agosto de 2004 às 14:16
Por: CARLOS MARTINS

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O Sindicato das Indústrias do Vestuário de Mato Grosso (Sinvest) quer o apoio do Governo do Estado para fortalecer o segmento de confecção no Estado. O assunto foi discutido na manhã desta quarta-feira (04.08), durante uma audiência, no Palácio Paiaguás, da presidente do Sinvest, Cláudia de Oliveira Fagotti, com o governador Blairo Maggi. Cláudia, que assumiu o cargo há um ano, entregou ao governador um relatório contendo um diagnóstico a respeito do setor em Rondonópolis, onde ela mora e possui uma indústria. Mas a idéia é fazer um estudo semelhante em todo Estado.

Estima-se que existam hoje em Mato Grosso em torno de 200 indústrias de confecção. Só que grande parte destas indústrias está na informalidade e nem é associada ao Sinvest, o que poderia fortalecer a entidade. Mato Grosso, apesar de ser o primeiro na produção de algodão, ainda não possui um parque industrial têxtil forte. Isso fica claro quando se observa que a maioria destas empresas emprega não mais do que 50 funcionários. “Precisamos de uma política forte de marketing, mostrando para as empresas que, se estiverem regularizadas, poderão ser beneficiadas”, explicou Cláudia, ressaltando que a ajuda do Governo poderia ser nesse sentido. .

Ao regularizar a empresa, além de sair da informalidade e contribuir dessa forma com o crescimento do Estado, a própria indústria de confecção pode se beneficiar com incentivos fiscais advindos do Proalmat (criado para o segmento do algodão, mas que se estende à indústria), que prevê a isenção de 85% do ICMS. Em Rondonópolis, segundo a presidente do Sinvest, das 104 empresas do setor, apenas 21 são formais e 83 estão na informalidade. “A maioria das empresas não sabe que pode se beneficiar da isenção fiscal”, constatou a empresária.

Na última edição do Fashion Rio (desfile de moda) e do Fashion Business (palestras e rodadas de negócios), realizados no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, entre os dias 28 e 29 de junho, Mato Grosso pôde mostrar aos visitantes que aqui se produz moda e de altíssima qualidade. Com a marca Cerrado Brasil, quatro empresas, que fazem parte do Arranjo Produtivo Local/Confecção, de Rondonópolis, levaram e expuseram seus produtos que causaram ótima impressão.

“O estande de Rondonópolis foi um dos mais visitados e causou espanto. Eles ficaram admirados que aqui se produz moda”, contou Cláudia, que esteve no Rio fazendo parte de uma comitiva integrada por 56 empresários. O resultado foi que vários negócios foram fechados com empresas de Estados como Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do sul. Além da empresa dirigida por Cláudia, a Idéias e Cores, também levaram seus produtos até o Rio a Daniele Viana Acessórios, a Eloá Arte e Costura e Fibra Nativa.

“Os APLs podem fortalecer as empresas, que podem ter acesso a novas tecnologias e a novos conceitos de gestão empresarial”, disse a presidente. Os Arranjos Produtivos Locais são formados com recursos do Ministério da Integração Nacional e envolvem parcerias com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Sebrae, Senai, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Sinvest e, no caso de Rondonópolis, com o apoio da Facual (Fundo de Apoio à Cultura do Algodão), da Prefeitura e também da Associação Comercial e Industrial. No momento, são realizados estudos para a criação de uma oferecem a criação de um APL em Cuiabá. Falta definir apenas quem ficará à frente da organização.




Fonte: SECOM/MT

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