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Internacional
Segunda - 02 de Agosto de 2004 às 13:49

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Um incêndio ocorrido ontem em um centro comercial na periferia de Assunção, capital do Paraguai, causou a morte de pelo menos 311 pessoas e deixou centenas de feridos. O ministro do Interior do Paraguai, Orlando Fiorotto, divulgou o novo balanço na tarde desta segunda-feira depois que equipes de resgate reiniciaram as operações de busca pelos corpos.

O chefe de Relações Públicas da Polícia, Santiago Velazco, chefe de Relações Públicas da Polícia Nacional, chegou a dizer que ao menos 340 pessoas foram mortas no incêndio.

Segundo o Ministério da Saúde, 276 pessoas ficaram feridas, incluindo 70 em estado grave. As buscas prosseguem.

Homicídio

Juan Pío Paiva, dono do supermercado, será acusado de homicídio por ter mandado fechar as portas do local durante a tragédia, anunciou Edgar Sánchez, responsável pela investigação do caso. O presidente paraguaio, Nicanor Duarte Frutos, decretou luto oficial de três dias no país.

Os cerca de 700 clientes não puderam deixar o local na hora do fogo, provocado pela falha no sistema de gás de um restaurante, porque os responsáveis pelo supermercado ordenaram que as portas fossem fechadas para que ninguém saísse sem pagar a conta e evitar saques.

O capitão do Corpo de Bombeiros Voluntários do Paraguai, Hugo Onieva, disse que a maioria das vítimas morreu por inalação de fumaça quando as portas do local foram fechadas.

Os feridos, muitos deles com queimaduras graves, foram levados a diversos hospitais da região. As autoridades do país pediram ajuda por provisões médicas, inclusive a colaboração de estudantes de medicina que possam colaborar no auxílio das pessoas.

O incêndio ocorreu ontem no centro comercial Ikuá Bolaños, por volta das 11h30 locais (12h30 de Brasília), quando cerca de 700 pessoas, de acordo com fontes policiais, faziam compras e almoçavam no local.

Ajuda

Ao que tudo indica, o fogo começou com uma falha no sistema de gás do restaurante do supermercado, e se alastrou para a área comercial e para o estacionamento, onde muitas pessoas morreram dentro de seus veículos.

O presidente francês, Jacques Chirac, enviou nesta segunda-feira uma carta em que expressa "horror e consternação" ao presidente. Chirac também ofereceu ajuda de urgência.




Fonte: Folha S. Paulo

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