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Saúde
Segunda - 02 de Agosto de 2004 às 11:26

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A metodologia adotada pelo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) para diagnosticar e combater a infecção hospitalar está alcançando resultados surpreendentes, conforme a equipe que realiza as ações na unidade e, ainda, de acordo com a coordenação do Grupo de Estudos em Controle de Infecção Hospitalar da Vigilância Sanitária (Visa) de Cuiabá. Nos primeiros quatro meses de 2003, o índice de infecção hospitalar do HPSMC foi, em média, 1,2%, enquanto que o resultado geral de hospitais da cidade é de 3,1%.

"Ao criar essa ficha de monitoramento de infecção hospitalar, facilitamos o conhecimento da taxa de infecção e conhecemos a realidade e, a partir daí, implementarmos ações", explica a enfermeira responsável pela Comissão de Infecção Hospitalar (CCIH) do HPSMC, Janete Viana Maia. O instrumento criado pela CCIH do HPSMC - Ficha de Monitoramento de Infecção Hospitalar - é aplicado com todos os pacientes que dão entrada na unidade, clínica por clínica, enfermaria por enfermaria. Esse formulário permite analisar o prontuário de cada pessoa, fazendo uma busca ativa de cada situação. "Muitas vezes, o paciente já chega na unidade com quadro de infecção adquirido em outro hospital, na maioria, do interior. E, através do prontuário, podemos observar como seu quadro se desenvolveu dentro do Pronto Socorro, se chegou bem e adquiriu infecção aqui ou não", lucida Janete.

Estudos - A ficha criada pela CCIH do HPSMC foi a forma encontrada pela unidade para subsidiar o relatório entregue mensalmente à Visa de Cuiabá - Relatório Mensal de Indicadores Epidemiológicos para Controle das Infecções Hospitalares. Todas as unidades hospitalares de Cuiabá são convidadas a repassar esse documento para que sejam avaliadas e elaboradas ações de controle propostas pelo Grupo de Estudos em Controle de Infecção Hospitalar (criado há cerca de três anos).

"Esse instrumento nos permite saber qual é a situação quanto ao controle de infecção hospitalar dos 24 hospitais da Capital, e estamos alcançando avanço, porque já houve uma adesão maior por parte da metade deles", conta a enfermeira da Visa responsável por coordenar o grupo, Rosângela de Oliveira.

Apesar da Organização Mundial de Saúde aceitar o índice de infecção hospitalar de 9% a 20%, a orientação, segundo Rosângela, é reduzir ao máximo esse resultado. De acordo com ela, a metade dos hospitais da Capital tem correspondido aos relatórios, o que vem gerando um índice em torno de 3%.

Ela acredita que 10% seria o resultado final, se todas as unidades enviassem o documento, com dados fidedignos. "E nisso, o Pronto Socorro tem servido de exemplo, porque tem entregue com regularidade o relatório, além de apresentar dados os mais reais possíveis", ressalta a técnica da Visa, informando que a missão do Grupo de Estudos é melhorar, através da troca de informações, a qualidade e a segurança da assistência hospitalar em Cuiabá.




Fonte: O Documento

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