Consumo em MT cresce acima da média nacional

De 1998 até 2003 o consumo de energia elétrica em Mato Grosso tem sido, pelo menos, 5% maior que a média brasileira. O dado divulgado pela Rede/Cemat demonstra, segundo o gerente do Departamento de Mercado, Wagner Gentil, que o Estado mantém o status de emergente e deve isso, principalmente, ao agronegócio. E a região que apresentou maior índice de crescimento no consumo de energia, no primeiro semestre de 2004 em comparação ao mesmo período do ano passado, foi a de Rondonópolis, com 18,35% (veja quadro). Desse total, 39,30% foi na classe industrial e 22,41% na classe rural.

O aumento do consumo em todo o Estado ficou em 11,34% entre os meses de janeiro e abril deste ano em relação a 2003, e 9,47% de janeiro a junho.

Gentil explica que esse percentual do primeiro semestre deveria ser maior, não fosse a queda de temperatura em um inverno atípico entre maio e junho, que fez cair o consumo, especialmente nas classes residencial e comercial.

Conforme o gerente de mercado da Rede/Cemat, os números verificados no levantamento demonstram que as classes industrial e rural tiveram um desempenho forte e a tendência é que permaneçam com taxa elevada.

"O governo do Estado tem tentado viabilizar o escoamento da produção tornando Mato Grosso mais competente e o governo federal dá estímulos para que todos tenham energia. Para a empresa isso traz vantagens, mas também desafios, com necessidade de grandes investimentos. Ainda existem distâncias grandes fora do sistema interligado", frisa Gentil.

A Cemat atende hoje em Mato Grosso 725 mil clientes, com uma média de aumento de 40 mil unidades consumidoras por ano.

Mas ainda há 320 mil pessoas sem acesso à energia elétrica, o que representa 11,3% da população.

Estes estão incluídos no programa Luz Para Todos, do governo federal. A primeira fase, com prazo de conclusão para dois anos, vai beneficiar 19,6 mil consumidores em 114 cidades.