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Pecuária está com renda comprometida no Estado
Para cada 100 abates de bovinos realizados, onze cabeças e meia são consumidas na forma de impostos. Essa é a conta que o pecuarista estadual tem feito para comprovar a perda de receita na atividade em menos de um ano. Em fevereiro houve o aumento de 150% na alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que passou de 3% para 7,6%. De outubro até agora, há redução de 13% no valor da arroba, que caiu de R$ 59 para R$ 52.
A Medida Provisória (MP) 183, sancionada no último dia 23, pelo presidente da República, Luís Inácio da Silva, isentou de PIS e Cofins os insumos da agricultura e pecuária, como adubos, fertilizantes agrícolas, vacinas de uso veterinário, sementes e mudas, sejam eles de origem nacional ou importada, mas ficaram de fora, as rações e os sais mineral e protéico.
"Para quem produz a mistura como eu faço, de novembro de 2003 a junho de 2004, o sal para boi aumentou 12,2% e o sal para cria, 13,5%. O pecuarista que adquiri a mistura pronta, a majoração é ainda maior", informa o presidente da Associação de Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Borges de Cunha Castro.
Em março, a diretoria demonstrou por meio de uma simulação de venda a frigorífico, no valor de R$ 100 mil que houve um aumento de R$ 4,6 mil em função da elevação de alíquota da Cofins. "Até fevereiro esta operação totalizava uma arrecadação de impostos de R$ 7,5 mil e com o reajuste da Cofins, o volume de impostos passou para R$ 12,1 mil, portanto, uma diferença de R$ 4,6 mil a mais para o pecuarista arcar. Cifras que poderiam ser investidas na propriedade e que fatalmente geraria empregos diretos e indiretos na atividade", lamenta Cunha.
Cunha frisa que o produtor que não estiver tecnificado e não procurar alternativas para redução de custos, estará fora, porque a atividade deixará de ser "financeiramente viável. Vivemos um período de incentivo governamental ao emprobrecimento, somente neste ano, os combustíveis tiveram três reajustes", critica. Ele acrescenta, que a realidade no Estado não é pior, porque há um nível de desfrute e crescimento de rebanho, 10%, que está acima da média nacional.
Em Mato Grosso, é considerado um criador de porte médio, em relação ao número de cabeças, quem tem mais de duas mil, "porque abaixo deste volume há dificuldade de capital, o pecuarista é obrigado a morar na propriedade e não pode arcar com mensalidade de faculdade para os filhos, em função da vida modesta que leva", exemplifica Cunha.
Outro exemplo de Cunha é o gasto diário com alimentação (ração) de uma cabeça considerada gado selecionado que está em R$ 69 e ao final de cada mês soma R$ 2,07 mil, sem levar em consideração o aluguel de pasto. Cunha explica que apesar dos selecionados não serem criados para o corte (animais para abate), é preciso que o pecuarista tenha exemplares de alta genética para melhorar o seu rebanho.
"A redução de custo se dá pela genética e pastagem que resultam na precocidade do animal. Com precocidade o bovino ganha peso mais rápido e em menos tempo, essa é chave para a redução de custos", sublinha Cunha.
A Medida Provisória (MP) 183, sancionada no último dia 23, pelo presidente da República, Luís Inácio da Silva, isentou de PIS e Cofins os insumos da agricultura e pecuária, como adubos, fertilizantes agrícolas, vacinas de uso veterinário, sementes e mudas, sejam eles de origem nacional ou importada, mas ficaram de fora, as rações e os sais mineral e protéico.
"Para quem produz a mistura como eu faço, de novembro de 2003 a junho de 2004, o sal para boi aumentou 12,2% e o sal para cria, 13,5%. O pecuarista que adquiri a mistura pronta, a majoração é ainda maior", informa o presidente da Associação de Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR-MT), Ricardo Borges de Cunha Castro.
Em março, a diretoria demonstrou por meio de uma simulação de venda a frigorífico, no valor de R$ 100 mil que houve um aumento de R$ 4,6 mil em função da elevação de alíquota da Cofins. "Até fevereiro esta operação totalizava uma arrecadação de impostos de R$ 7,5 mil e com o reajuste da Cofins, o volume de impostos passou para R$ 12,1 mil, portanto, uma diferença de R$ 4,6 mil a mais para o pecuarista arcar. Cifras que poderiam ser investidas na propriedade e que fatalmente geraria empregos diretos e indiretos na atividade", lamenta Cunha.
Cunha frisa que o produtor que não estiver tecnificado e não procurar alternativas para redução de custos, estará fora, porque a atividade deixará de ser "financeiramente viável. Vivemos um período de incentivo governamental ao emprobrecimento, somente neste ano, os combustíveis tiveram três reajustes", critica. Ele acrescenta, que a realidade no Estado não é pior, porque há um nível de desfrute e crescimento de rebanho, 10%, que está acima da média nacional.
Em Mato Grosso, é considerado um criador de porte médio, em relação ao número de cabeças, quem tem mais de duas mil, "porque abaixo deste volume há dificuldade de capital, o pecuarista é obrigado a morar na propriedade e não pode arcar com mensalidade de faculdade para os filhos, em função da vida modesta que leva", exemplifica Cunha.
Outro exemplo de Cunha é o gasto diário com alimentação (ração) de uma cabeça considerada gado selecionado que está em R$ 69 e ao final de cada mês soma R$ 2,07 mil, sem levar em consideração o aluguel de pasto. Cunha explica que apesar dos selecionados não serem criados para o corte (animais para abate), é preciso que o pecuarista tenha exemplares de alta genética para melhorar o seu rebanho.
"A redução de custo se dá pela genética e pastagem que resultam na precocidade do animal. Com precocidade o bovino ganha peso mais rápido e em menos tempo, essa é chave para a redução de custos", sublinha Cunha.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377332/visualizar/
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