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Polícia Brasil
Sábado - 31 de Julho de 2004 às 09:11

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Duas pessoas foram presas ontem por agentes da Polícia Federal próximo ao terminal de ônibus do bairro CPA II, em Cuiabá, com 500 bolinhas de haxixe (equivalente a 350 gramas), droga feita a partir da cera da planta de maconha.

Rosângela Priscila Ramires Torraca, de 30 anos, que mora em Ponta Porã, divisa de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi presa no momento em que entregava a droga ao pescador Joilson Rodrigues Lima, de 36, conhecido como “Índio” ou “Bugre”, morador do Jardim Icaraí, em Cuiabá. No depoimento que prestou ao delegado Henrique Silveira Rosa, na Polícia Federal, Lima confessou ser viciado em maconha desde os 14 anos.

Lima disse também que já usou cocaína e que dias atrás comprou 30 bolinhas de haxixe, cada uma ao preço de R$ 2,50, para experimentar. Na PF, o traficante confessou ainda que responde a um inquérito por tentativa de homicídio, mas a vida pregressa dele ainda está sendo levantada.

Rosângela Torraca, que foi presa com o filho de oito meses nos braços, contou à polícia que receberia R$ 500 pela venda da droga. Ela disse que um homem que conheceu recentemente em Ponta Porã e de quem sabe apenas o prenome, “João”, a contratou para trazer o haxixe de ônibus até Cuiabá.

Chegando em Cuiabá, ela deveria ligar para o telefone celular indicado pelo contratante. Depois entregaria a droga e um cheque no valor de R$ 2 mil endereçado a uma mulher cujo nome está sendo mantido em sigilo pela PF para não atrapalhar as investigações.

As prisões ocorreram ao meio dia, no momento em que Rosângela entrava no carro de Joilson Lima, um Gol bege, para fazer a entrega da droga. Desde as 8 horas, dois agentes da Federal faziam campana próximo ao terminal à espera dos dois traficantes. Na PF, uma ligação anônima recebida pelo serviço de plantão descrevia em detalhe o carro, o local, a mulher e o homem que deveriam fazer a transação.

De acordo com o delegado Henrique Rosa, os dois foram autuados em flagrante por tráfico e associação ao tráfico (união de mais pessoas para a prática do crime). Por esses crimes, ambos estão sujeitos a pena que varia de três a 15 anos de reclusão. Lima foi levado para o Presídio do Carumbé e Rosângela ao Presídio Feminino de Santo Antônio de Leverger.

Essa é a primeira apreensão de haxixe deste ano no Estado. Droga bastante concentrada, o haxixe é usado de forma similar ao crack, ou seja, em cachimbo improvisado, e pode levar à dependência em pouco tempo.

Da mesma forma que chegou a esses traficantes, a Polícia Federal espera que a comunidade continue fazendo denúncias anônimas que podem levar a apreensões de drogas ou prisões. As ligações podem ser para o número geral: 614-5665. (AA)




Fonte: Diário de Cuiabá

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