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Polícia Brasil
Quinta - 29 de Julho de 2004 às 14:28
Por: ADILSON ROSA

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O soldado da Polícia Militar Élson Rocha Silva, de 38 anos, morreu ontem à tarde após ser baleado na perna por um adolescente de 15 anos, que invadiu a casa do militar no bairro Novo Paraíso, em Cuiabá, para roubar uma pistola calibre 380 milímetros. Os dois brigaram, o rapaz tomou a arma do militar e atirou. Em seguida, o autor do disparo fugiu apressadamente levando a pistola. O adolescente seria ex-namorado da filha do militar. O crime aconteceu por volta das 3 horas da madrugada.

Segundo policiais militares, Élson acordou com o barulho e, ao lutar com o suposto assaltante, teria reconhecido-o como seu ex-genro. O adolescente teria tomado o revólver do militar e atirado largando. Ele acabou deixando na casa a arma com a qual atirou, mas levou a pistola.

Um amigo do militar disse que ele acordou com o barulho na sala e, ao verificar, deparou com o ex-namorado da filha. Para evitar o furto, atracou-se com o garoto, que levou vantagem.

Levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), o militar passou pelo box de emergência e, no final da manhã, foi submetido a uma intervenção cirúrgica para a retirado do projétil.

Seu estado era considerado grave porque a pólvora tinha se espalhado por toda a perna. Por volta das 13 horas, ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

Soldado da Rotam (Rodas Ostensivas Metropolitanas), Rocha era aluno sargento e deveria promovido no mês de outubro, quando termina o curso. Vizinhos disseram que Rocha não aceitava o namoro, mas outros policiais entendem que o adolescente entrou na casa para furtar a pistola e acabou praticando um roubo.

O assassinato está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado João Bosco de Barros colocou uma equipe para investigar o crime. Como o principal suspeito é conhecido de familiares do militar, os policiais acreditam que, nos próximos dias, deverão localizá-lo.

Caso fique comprovado que o garoto tenha roubado a pistola, caracteriza-se o crime de latrocínio (morte seguida de roubo). Por se tratar de um adolescente, a pena (atividades sócio-educativas) pode ser no máximo de três anos de internação no Complexo do Pomeri (antiga fazendinha).




Fonte: DIÁRIO DE CUIABÁ

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