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Kerry quer estender comissão do 11/9 por 18 meses
O democrata John Kerry, principal adversário do presidente George W. Bush na eleição presidencial deste ano nos Estados Unidos, pediu a extensão do mandato da comissão independente que investigou os atentados de 11 de setembro de 2001. Ele quer que a comissão continue trabalhando pelos próximos 18 meses. Kerry também cobrou a implementação imediata das recomendações feitas pelo relatório final da comissão.
Na véspera de sua chegada à Convenção Nacional Democrata, em Boston, onde vai aceitar formalmente a indicação do partido para concorrer às eleições presidenciais de 2 de novembro, Kerry disse que os EUA precisam "simplesmente agir, não como partidários, mas como patriotas".
"Compreendemos a ameaça", disse o condecorado veterano da Marinha diante do navio de guerra Wisconsin, em Norfolk. "Temos um plano de ação ... A única coisa que não temos é tempo."
O senador por Massachusetts disse que a comissão, que concluiu que "profundas falhas institucionais" causaram os ataques, deve continuar trabalhando por pelo menos mais um ano e meio, elaborando relatórios a cada seis meses sobre o progresso na implementação de suas recomendações.
A comissão bipartidária divulgou seu relatório final na quinta-feira. Ela deve ser dissolvida formalmente no dia 26 de agosto.
"Se eu fosse o presidente na semana passada, teria dito imediatamente à comissão: 'Sim, vamos implementar essas recomendações"', disse Kerry. "A liderança exige que ajamos com firmeza. Sem falatório. Sem promessas vagas. Sem desculpas", emendou. Bush, que se opôs de início à formação da comissão, disse na semana passada que queria analisar o relatório antes de decidir o que fazer. Mas o vice-presidente Dick Cheney indicou que a administração pode não adotar todos os aspectos do documento. "Estamos no início do que deve ser um grande debate", disse ele na segunda-feira. "Não concordo com absolutamente tudo que está ali." Para aumentar a pressão sobre Bush, o presidente da comissão, Thomas Kean, advertiu que o tempo está contra os EUA na perspectiva de um novo ataque em solo americano. Kean afirmou que a Al Qaeda está determinada a lançar outro ataque e, se puder, vai usar armas nucleares, químicas ou biológicas. Bush precisa decidir também se endossa a criação de um novo diretor nacional de inteligência, proposta elogiada por Kerry. Boa parte da campanha de Bush baseia-se na alegação de que ele deixou os EUA mais seguros desde os ataques de 11 de setembro, que mataram quase 3 mil pessoas. O republicano tem mantido vantagem sobre Kerry nas pesquisas que tratam da questão da segurança nacional. Uma das principais metas de Kerry é minar essa vantagem. Kerry, um veterano condecorado da guerra do Vietnã, falou ao lado do vice-almirante aposentado Lee Gunn, que disse aos mil partidários reunidos em Norfolk -- sede da maior base naval do mundo - que não se deve ter medo de trocar de comandante-em-chefe "no meio de uma guerra". O candidato democrata prometeu aumentar as forças militares ativas para 40 mil pessoas e redirecionar a ação da Guarda Nacional para a segurança interna, além de dobrar a capacidade das forças especiais e reformar os serviços de inteligência. "Como presidente, assim como lutei por nosso país quando jovem, nunca vou hesitar em usar a força se precisarmos dela", disse Kerry, acrescentando que nunca levará os EUA à guerra simplesmente porque "queremos", mas "apenas se precisarmos."
"Compreendemos a ameaça", disse o condecorado veterano da Marinha diante do navio de guerra Wisconsin, em Norfolk. "Temos um plano de ação ... A única coisa que não temos é tempo."
O senador por Massachusetts disse que a comissão, que concluiu que "profundas falhas institucionais" causaram os ataques, deve continuar trabalhando por pelo menos mais um ano e meio, elaborando relatórios a cada seis meses sobre o progresso na implementação de suas recomendações.
A comissão bipartidária divulgou seu relatório final na quinta-feira. Ela deve ser dissolvida formalmente no dia 26 de agosto.
"Se eu fosse o presidente na semana passada, teria dito imediatamente à comissão: 'Sim, vamos implementar essas recomendações"', disse Kerry. "A liderança exige que ajamos com firmeza. Sem falatório. Sem promessas vagas. Sem desculpas", emendou. Bush, que se opôs de início à formação da comissão, disse na semana passada que queria analisar o relatório antes de decidir o que fazer. Mas o vice-presidente Dick Cheney indicou que a administração pode não adotar todos os aspectos do documento. "Estamos no início do que deve ser um grande debate", disse ele na segunda-feira. "Não concordo com absolutamente tudo que está ali." Para aumentar a pressão sobre Bush, o presidente da comissão, Thomas Kean, advertiu que o tempo está contra os EUA na perspectiva de um novo ataque em solo americano. Kean afirmou que a Al Qaeda está determinada a lançar outro ataque e, se puder, vai usar armas nucleares, químicas ou biológicas. Bush precisa decidir também se endossa a criação de um novo diretor nacional de inteligência, proposta elogiada por Kerry. Boa parte da campanha de Bush baseia-se na alegação de que ele deixou os EUA mais seguros desde os ataques de 11 de setembro, que mataram quase 3 mil pessoas. O republicano tem mantido vantagem sobre Kerry nas pesquisas que tratam da questão da segurança nacional. Uma das principais metas de Kerry é minar essa vantagem. Kerry, um veterano condecorado da guerra do Vietnã, falou ao lado do vice-almirante aposentado Lee Gunn, que disse aos mil partidários reunidos em Norfolk -- sede da maior base naval do mundo - que não se deve ter medo de trocar de comandante-em-chefe "no meio de uma guerra". O candidato democrata prometeu aumentar as forças militares ativas para 40 mil pessoas e redirecionar a ação da Guarda Nacional para a segurança interna, além de dobrar a capacidade das forças especiais e reformar os serviços de inteligência. "Como presidente, assim como lutei por nosso país quando jovem, nunca vou hesitar em usar a força se precisarmos dela", disse Kerry, acrescentando que nunca levará os EUA à guerra simplesmente porque "queremos", mas "apenas se precisarmos."
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377484/visualizar/
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