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Sexta - 23 de Julho de 2004 às 16:11
Por: Márcia Freitas

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Londres - Londres é a segunda cidade mais cara do mundo - ficando atrás apenas de Tóquio, no Japão -, mas, neste verão, é possível se divertir de graça na capital britânica.

Entre as atrações, haverá um show de Paulinho da Viola faz show de graça em Londres, em agosto. É verão na capital britânica e várias atrações estão programadas nos parques da segunda cidade mais cara do mundo - atrás apenas de Tóquio, no Japão.

O evento está sendo promovido pelo Festival do Povo, o braço brasileiro da organização Carnival del Pueblo, que realiza uma série de atividades voltadas à população latino-americana da cidade. Mas o verão londrino tem, também de graça, atrações de várias partes do mundo.

O National Theatre, por exemplo, que há sete anos realiza um festival de verão ao ar livre ao lado do rio Tâmisa, oferece música e teatro com a participação de artistas que, ou vêm de locais tão variados como a Nova Zelândia e a Síria, ou têm influências diversas.

Alessandra Sata, uma das organizadoras do festival, diz que o objetivo é justamente apresentar um repertório o mais variado possível. O tipo de evento oferecido também tem mudado ao longo dos anos. No ano passado, o teatro introduziu apresentação de DJs na agenda do verão e, neste ano, cinema.

As sessões serão também ao ar livre, com os filmes sendo projetados em uma das paredes do edifício. Serão filmes do cinema mudo como Metrópolis e O Gabinete do Dr. Caligari, esse último contando com acompanhamento musical ao vivo.

Outros locais, como o Barbican Centre e o Royal Festival Hall, também oferecem atrações de graça, principalmente na hora do almoço e no fim da tarde. As autoridades ligadas ao turismo em Londres acreditam que o número de opções gratuitas tem aumentado ao longo dos anos.

Zoe Shurgold, da Visit London, lembra, por exemplo, que desde 2001 não é preciso pagar nada para visitar as coleções permanentes dos principais museus da cidade, como o Victoria & Albert Museum, o British Museum, a National Gallery, a Tate British e a Tate Modern.

Mas além das coleções permanentes, os museus também oferecem algumas exibições temporárias também de graça e eventos como palestras e workshops. No Theatre Museum, por exemplo, há workshops sobre o figurino e o make-up usados pelos atores nas peças de teatro em cartaz no West End, região em Londres que tem cerca de 50 teatros.

A estudante portuguesa Sandra Gil, de 25 anos, que está em Londres pela primeira vez e participou de um dos workshops oferecidos pelo Theatre Museum, acredita que é possível se divertir sem gastar na capital britânica. "Há tanta coisa na rua para ver e desfrutar e tudo isso não se paga, vivencia-se", afirma.

Zoe Shurgold lembra que os atentados terroristas do dia 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e a guerra no Iraque provocaram um baque no turismo também em Londres e apresentaram um desafio para a indústria. "Todo mundo sabe que a indústria do turismo não tem ido muito bem nos últimos dois anos. Então, eu acho que a oferta de atrações para todos os tipos de orçamento faz parte da estratégia para tentar recuperar os turistas, para trazê-los de volta", afirma Shurgold.




Fonte: BBC Brasil

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