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Internacional
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 15:44

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Cidade do México - Um promotor especial pediu a prisão do ex-presidente Luis Echeverria e outras altas autoridades acusadas de genocídio, por supostamente terem ordenado a matança de estudantes que participavam de uma manifestação em 1971, informa o advogado de Echeverria. É a primeira vez que um ex-presidente mexicano recebe uma acusação criminal, e o caso ameaça criar um confronto político entre o presidente Vicente Fox e o Partido Revolucionário Institucional (PRI), a maior força do Congresso mexicano.

O promotor especial Ignacio Carrillo se recusou a comentar o caso. “Sei que ele pediu ordens de prisão contra meus clientes, por genocídio”, disse o advogado Juan Velazquez, que representa Echeverria, o ex-ministro Mario Moya e o ex-procurador-geral Julio Sanchez Vargas. A acusação trata de um massacre de estudantes ocorrido em 10 de junho de 1971, quando grupos organizados pelo governo atacaram os estudantes, deixando 11 mortos.

O presidente Fox prometeu acabar com os segredos e a impunidade em torno dos chamados “crimes do passado”, massacres de estudantes ocorridos em 1968 e 1971, e a “guerra suja” movida pelo governo contra guerrilhas radicais nos anos 60 e 70. O esforço enfureceu o PRI, que governou o México de 1929 a 2000.

Velazquez diz que a classificação de genocídio para o ocorrido em 1971 é imprópria, e que não há provas contra seus clientes.




Fonte: AP

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