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Internacional
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 14:51

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Varsóvia - Sobreviventes do campo de concentração de Majdanek, no leste da Polônia, celebraram hoje, ao lado de membros do governo polonês e do embaixador israelense David Peleg, o 60º aniversário de sua libertação por soldados soviéticos, em 1944. Para a sobrevivente Janina Zmyslowska, agora com 80 anos, ainda é doloroso visitar o local em que foi mantida prisioneira pelos nazistas. “Ainda me lembro como tínhamos que nos despir e éramos enviados para os chuveiros, num frio congelante”. Na época, ela tinha apenas 14 anos.

Estima-se que 230 mil pessoas, dos quais 100 mil judeus, tenham morrido nas câmaras de gás ou por maus-tratos cometidos por oficiais da SS, a polícia especial do regime nazista, entre 1941 e 1944 no local. Para Majdanek, eram enviados prisioneiros da Rússia, Belarus, Ucrânia, Alemanha, Áustria, França, Itália e Holanda. Jovens da maioria desses países participaram da cerimônia hoje, depositando lírios brancos e rosas amarelas no memorial do antigo campo. A passeata dos sobreviventes foi cancelada por causa do calor.

Durante a celebração, David Peleg sublinhou a importância de se manter viva a memória, esperando que o mundo tenha aprendido a lição com o Holocausto. Ele cumprimentou o governo pós-comunista polonês, e afirmou que seus líderes estão comprometidos com o combate ao racismo e ao anti-semitismo.

Os barracos em Majdanek abrigaram mais de 25 mil prisioneiros, tendo servido principalmente como campo para trabalhos forçados e centro de detenção para combatentes da resistência polonesa.




Fonte: AE - AP

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