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Internacional
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 14:48

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Cerca de 150 pessoas foram detidas após o roubo de 67 quilos de explosivos na semana passada e de um lote de fuzis e pistolas na quarta-feira, ambos de dependências militares, informou hoje, sexta-feira, a imprensa venezuelana. A maioria das prisões foi registrada na localidade de Yagua, 120 quilômetros ao oeste de Caracas, segundo o jornal "Últimas Noticias", que citou fontes policiais e militares sem identificá-las.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o vice-presidente, José Vicente Rangel, sugeriram que os roubos poderiam estar ligados a um plano da oposição para perturbar o referendo de 15 de agosto, que definirá o destino do governante, mas não informaram sobre as prisões.

Na semana passada, 67 quilos de explosivo plástico do tipo C-4 foram roubados de uma base naval a 150 quilômetros de Caracas, "com seus respectivos pavios e detonadores". Na quarta-feira, "um grupo com fardas militares assaltou o posto do Guarda Nacional em Yagua, levando 14 fuzis FAL, uma subametralhadora UZI e quatro pistolas", detalhou o vice-presidente.

"Estes fatos podem estar na rota de algumas informações de inteligência que o governo recebeu, indicando que há setores interessados em perturbar o desenvolvimento do referendo; estão sendo tomadas medidas e todos os organismos de segurança e de inteligência estão desdobrados", acrescentou.

Rangel destacou que os roubos ocorreram em momentos em que a oposição continua "reticente, com evasivas e ambigüidades" frente à exigência de expressar explicitamente se respeitará o resultado do referendo caso perca para os partidários de Chávez.

Os venezuelanos decidirão em 15 de agosto por votação se querem que Chávez conclua seu mandato em janeiro de 2007 ou que abandone o cargo imediatamente. No último caso, serão realizadas eleições presidenciais em setembro para decidir quem terminará o mandato.

O deputado governista Nicolás Maduro declarou que "a oposição procura desculpas para se retirar das eleições", porque as pesquisas prevêem a vitória de Chávez.

"A oposição está discutindo qual é a estratégia para não aceitar a vitória do presidente Chávez. As pesquisas nacionais e internacionais dão 60 por cento (de apoio) ao presidente e eles estão buscando uma desculpa para se retirar", acusou Maduro.

Entretanto, os resultados das pesquisas encomendadas pela oposição prevêem uma derrota de Chávez por até 70 por cento do eleitorado. Apenas a minoria das pesquisas dão margens mais estreitas a favor de um ou outro resultado.




Fonte: Agência EFE

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