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Economia
Quinta - 22 de Julho de 2004 às 19:34
Por: Denise Chrispim Marin

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Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou hoje que ainda está confiante na possibilidade de conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Européia até outubro. "Não rompemos de maneira nenhuma as negociações. As conversas técnicas continuam", afirmou Amorim ao lado do chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos.

Moratinos também se mostrou otimista com a possibilidade de retomada das negociações e a conclusão do acordo até outubro. "É lógico que em uma negociação tão importante há momentos de desespero ou de inquietudes mas estou confiante de que é possível chegar a um ponto intermediário entre os interesses das duas partes", disse.

Argentina

Amorim confirmou que manterá encontros com autoridades argentinas entre os dias 8 e 9 de agosto, em uma iniciativa voltada para contornar os impasses da chamada "guerra das geladeiras". Ele afirmou que o conceito que deve prevalecer é o de "mais Mercosul e não o de menos Mercosul". "Precisamos impulsionar a integração das políticas industrial, agrícola e tecnológica para evitar que apaguemos novos incêndios", disse.

Amorim defendeu ainda que esse trabalho seja conduzido com base em dois fatores essenciais: o primeiro, que a competitividade de alguns setores não seja ignorada e, o segundo, que sempre haverá necessidade de flexibilizações e de respeito às sensibilidades em um processo de transição.

OMC

O chanceler afirmou ainda que poderá estar presente à reunião da Organização Mundial do Comércio na próxima semana, na qual será debatido o rascunho de um acordo básico para a Rodada Doha. Irritado com críticas sobre a condução do Itamaraty nas negociações comerciais, Amorim rebateu: "Dizer que o Brasil não quer negociar é uma falsa representação da realidade. Estamos nisso (na OMC) para negociar. É o que fazemos com a União Européia, na OMC e o que estamos fazendo com a Alca".

Amorim disse que se o Brasil realmente tivesse uma postura protecionista e isolacionista tentaria se aproveitar da situação das negociações para abandoná-las.




Fonte: Estadão.com

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