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Tecnologia
Quinta - 22 de Julho de 2004 às 14:13
Por: Carlos Martins

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Nos dias 15 e 26 de junho passado, o governo federal fechou contratos com a empresa norte-americana Microsoft no valor de R$ 1,814 milhão para ter o direto de utilizar, por apenas um ano, o sistema operacional Windows XP e também um pacote do Office em dois órgãos federais. Com esta verba – equivalente a 6.972,22 salários mínimos -, poderiam ter sido adquiridos 259 lap tops ou 1.296 servidores poderiam ter feito um curso de capacitação em Linux Avançado. É justamente para reduzir os gastos com o pagamento de licenças e o conseqüente envio de divisas para o exterior, que o Governo Federal não só está incentivando o uso de Software Livre (SL), como está migrando para estes programas. Grandes empresas no país assim como órgãos governamentais do Brasil e Estados Unidos, também já utilizam o SL.

“Em 60 dias um ministério inteiro estará utilizando o software livre. Isso terá um enorme efeito em rede”, disse ontem o diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sérgio Amadeu da Silveira. Ele foi um dos participantes da reunião da SBPC no Simpósio Software Livre. Silveira, que comanda um órgão ligado à Casa Civil da Presidência da República, não quis informar qual é o ministério. “Foi vontade política e, pela ousadia, o próprio ministro quer fazer o anúncio”, despistou. Foi no ano passado que o Comitê Governamental Eletrônico comandado pelo ministro José Dirceu (Casa Civil) começou a estabelecer um planejamento estratégico do qual participaram 140 servidores de 54 órgãos do governo.

Além do Software Livre (SL) existe o Software Proprietário (SP), no caso específico da Microsoft que domina hoje o mercado mundial. É com o software – um programa de computador – que se pode escrever textos, fazer planilhas, navegar e se comunicar pela Internet, entre várias funções. A diferença entre os softwares é que com o SL, além de usá-lo se pode também copiá-lo, distribuí-lo e alterá-lo. O que não se pode fazer com um SP, visto que a multa, para coibir a pirataria, é altíssima – três mil vezes o valor da licença. Entre as vantagens pelo uso do SL está a possibilidade de adaptar os programas de acordo com as necessidades específicas de cada usuário ou empresa. E o usuário pode também buscar as atualizações de código diretamente com a comunidade de desenvolvedores daquele aplicativo ou sistema, via Internet uma vez que as melhorias são compartilhadas.

De acordo com a Fundação Software Livre (Free Software Foundation), são quatro as liberdades que caracterizam o SL que dentre os milhares de sistemas tem o GNU/Linux e o Web Apache como os mais representativos: a liberdade de se executar o programa para qualquer propósito; a liberdade de se estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. Acesso ao código-fonte é um requisito para esta liberdade; a liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar seu próximo; e a liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos de modo que toda a comunidade se beneficie.




Fonte: Secom - MT

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