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Quinta - 22 de Julho de 2004 às 12:39
Por: Lenita Violato

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O Arquivo Público leva até os participantes da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Cuiabá, os registros da história mato-grossense. Através de jornais da década de 30 e 40, e de fotografias, as pessoas de diversas cidades do estado e regiões do país que participam do evento fazem uma viagem no tempo observando as mudanças na Capital do estado.

A exposição Cuiabá no Coração da América reúne fotografias antigas e atuais, exaltando as transformações ocorridas do século XVIII aos dias atuais. O objetivo da exposição, segundo o superintendente do Arquivo Público, José Fernandes de Alencastro, é mostrar que o arquivo é uma rica fonte de pesquisa para estudantes e para sociedade em geral.

“Não conhecia o Arquivo Público e estou achando muito interessante a história de Cuiabá”, disse Rúbia Soares (23), professora de Jaciara, em visita à Mostra Cultural da SBPC.

FOTOGRAFIAS - Prédios tradicionais do centro de Cuiabá, como a sede atual da Secretaria de Estado de Cultura, na avenida Getúlio Vargas, estão registrados na exposição. Construído entre os anos de 1937 e 1945, na época do Estado Novo, e batizado de Grande Hotel, o prédio foi tombado pelo patrimônio histórico de Mato Grosso em 1984. A vista poética de antigamente, com flores e rodeado por palmeiras imperiais, hoje passa quase desapercebida na agitação do trânsito e movimentação das pessoas.

“Eu não imaginava que tinha sido tudo tão diferente. Acho que o patrimônio deve ser conservado e não mudado para a arquitetura moderna. Vemos quanta diferença há entre o antes e o depois das fotos”, ressaltou Eliane Matos de Moraes, professora em uma creche municipal de Cuiabá.

PRAINHA – Entre os objetos em exposição está uma fotocópia do jornal O Estado de Mato Grosso de 27 de agosto de 1939, dois dias antes da reinauguração de uma das principais avenidas de Cuiabá, a Tenente Coronel Duarte, que contaria com a presença do então presidente da República João Batista Figueiredo, além do prefeito Gustavo Arruda.

A matéria do jornal traz uma fotografia da avenida quando ainda era dividida pelo córrego Prainha e outra após a conclusão da obra de canalização do córrego. Segundo o jornal, foram gastos 200 milhões de cruzeiros para que a avenida comportasse o tráfego de 35 mil veículos, que era intenso para a época.

“Os anos de 1968 a 1970 foram de mudança para a capital. Prefeitos e outras autoridades começaram a demolir a história de Cuiabá por acharem velhas as estruturas da cidade. Primeiramente surge o asfalto que substitui os paralelepípedos, abalando as estruturas das casas com o peso dos tratores”, explicou Anibal Alencastro, do Arquivo Público.




Fonte: Secom - MT

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