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Economia
Quarta - 21 de Julho de 2004 às 20:22

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Alguns fatores momentâneos devem frear a possibilidade de fechamento de contratos, ainda para esta safra, em decorrência da visita da última semana no Estado. Segundo um agente de mercado que não quis se identificar, o mercado do algodão opera em baixa de cerca de 10%, se comparada às cotações de algumas semanas atrás. Mas, pela avaliação que os estrangeiros fizeram, o trader e Andrew Macdonald, consultor da Ampa, apostam em vendas para a safra 04/05.

"Não podemos mensurar volumes e destinos neste momento, porque a intenção da Ampa, com estas visitas é ratificar o profissionalismo com que a cultura é tratada, mas ao observar que temos volume, qualidade e continuidade, os negócios acontecem naturalmente", explica Macdonald.

O presidente da Ampa, João Luiz Ribas Pessa, destaca que cerca de 150 mil toneladas da próxima safra - que será cultivada a partir de dezembro em algumas regiões de Mato Grosso - estão negociadas, "o que é um reflexo das duas visitas que recepcionamos no ano passado", destaca.

O trader aponta que destes últimos visitantes, "possivelmente" comprarão do Estado importadores e industriais de Taiwan e Bangladesh, porque neste países não há produção e as indústrias e fiações trabalham com estoques.

MERCADO - A explicação da pressão baixista é o bom desenvolvimento da safra norte-americana que indica elevação dos estoques mundiais durante o próximo ciclo. "Cerca de 80% da oferta mundial está no hemisfério Norte e de lá as perspectivas são de boas produções", frisa o trader.

Outro fator, segundo o trader é com relação a estrangulação da logística de exportação nacional. "O mercado internacional exige prazo e enquanto o Brasil não equilibrar importação e exportação, haverá falta de containers e entregas atrasadas, uma indústria não pode ficar parada a espera de matéria-prima", analisa. Mas a demanda por navios é algo que está sendo percebido em todo o mundo, "o saldo desta procura é o aumento do frete marítimo em pelo menos 40% e até dobrado para alguns destinos", completa.




Fonte: Diário de Cuiabá

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