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Educação/Vestibular
Quarta - 21 de Julho de 2004 às 15:00
Por: Juliene Leite

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Alunos de 20 escolas públicas de Cuiabá e Várzea Grande estão participando da 56ª Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) produzindo programas de rádio. Os programas estão indo ao ar todos os dias e tem como principal finalidade comunicar para aprender. O programa de rádio faz parte do projeto Educom.rádio parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade de São Paulo (USP), desde 2001, em 406 escolas municipais dessa cidade.

Tudo é realizado pelos estudantes, que contam com o apoio da professora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, Patrícia Horta; duas alunas de São Paulo, Laila El Alam e Laís Jimenez, e os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Claúdia Moreira, Airton Segura e Moacir Francisco. “É uma parceria entre a UFMT e o Ministério da Educação, na qual estamos dando o apoio técnico-pedagógico. Trazendo esses projetos para a universidade, estamos mostrando aos alunos da UFMT todo esse universo”, disse a professora Cláudia.

“O objetivo do projeto é introduzir o conceito da educomunicação nas escolas, capacitando um grupo de profissionais da educação para o uso da linguagem radiofônica no contexto escolar”, informou o Luciano Ferreira Morais Sobrinho.

A produção dos programas ocorre com a divisão em grupo dos estudantes, que vão a campo fazer a apuração e gravar as entrevistas e, posteriormente, editam os programas. Conforme a professora da Escola Estadual Presidente Médici, Andyara Benedita Ataíde, os estudantes estão empolgados com a experiência. “Tem aluno que nunca entrou na UFMT. Não conhecia esse ambiente, era um outro mundo para ele. É sem dúvida uma experiência nova estar na rádio, correr atrás da matéria e entrevistar as pessoas”.

Já a professora, também da escola Médici, Jú Baiana, conta que seus alunos estavam apreensivos com a demora o início das oficinas. “Estavam todos nervosos, achando que o projeto não iria começar. Mas, agora estão todos maravilhados”.

Ao todo, são 70 estudantes que produzem, entrevistam e editam os programas. Para a Franciele Robert da Silva (15), aluna do 2º ano da Escola Estadual Nadir de Oliveira, o projeto é uma forma de estar aprendendo coisas novas. Os jovens participaram durante uma semana de oficinas com a professora Patrícia, da USP. “Ontem foi surpreendente. Acompanhei-os e eles se saíram muito bem, inicialmente eles estavam nervosos, mas depois tudo fluiu”, revela.

Os alunos até conseguiram um furo, pois foram os primeiros a entrevistar a índia Chiquinha Pareci, que não estava concedendo entrevista. “Graças a essa entrevista, começaram uma campanha para arrecadar agasalhos, pois descobriram que os índios estavam passando frio. A notícia se espalhou para outros veículos de comunicação”, diz Patrícia.




Fonte: Secom - MT

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