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Seleção opta pelo isolamento
Lima, Peru - A seleção brasileira mudou de atitude e apostou no isolamento para se concentrar apenas no jogo desta quarta-feira, contra o Uruguai, às 21h45, no Estádio Nacional de Lima, pela fase semifinal da Copa América. Um certo mistério envolve a equipe, desde a chegada à capital peruana.
Pela primeira vez na competição, os atletas não circulam pelo hotel da delegação, permanecem quase enclausurados em seus quartos, evitam contato com hóspedes. Se houver empate nesta quarta à noite, em partida que será transmitida pela TV Globo, Brasil e Uruguai vão disputar em cobranças de pênaltis uma vaga à decisão da Copa América, domingo, em Lima. O técnico Carlos Alberto Parreira levará a campo o time da vitória sobre o México por 4 a 0, na quarta-de-final.
Nos dois dias de atividade do grupo em Lima, o ônibus que conduziu a equipe ao centro de treinamento da seleção do Peru e, hoje, ao Estádio Monumental, deixou o hotel pelos fundos. Na volta, o acesso era o mesmo. O estranho é que não existe o menor assédio de torcedores em nenhuma dependência do hotel. Os atletas ocupam todo o sexto andar e fazem refeições três pisos acima. A comissão técnica, contrária à presença da imprensa no mesmo local de hospedagem, garante que não há nenhuma ordem para que a equipe fique restrita aos quartos.
E atribui o distanciamento a uma iniciativa dos próprios jogadores, orientados a não se deixar influenciar pelos elogios recebidos após a goleada contra os mexicanos.
Parreira disse que a seleção ficou alegre e não em estado de euforia pelo último resultado, na cidade de Piura. "Não podemos entrar nessa onda de já-ganhou." Ele destacou o ataque como o ponto mais forte do Uruguai antes de assistir a alguns vídeos com os atletas sobre a forma de atuar do adversário.
"Dario Silva, Bueno e Forlan são muito perigosos e, dentro da área, decidem."
Um de seus auxiliares, Jairo dos Santos, acompanhou de perto o desempenho dos uruguaios na Copa América e alertou Parreira sobre a motivação da equipe, que veio para a competição com novo treinador, Jorge Fossati, responsável por uma grande reformulação no time que vai mal nas Eliminatórias do Mundial de 2006 - perdeu na última rodada para a Colômbia por 6 a 0.
"Ele mudou a cara do Uruguai, trouxe jogadores mais tarimbados", comentou o técnico do Brasil, certo de que a seleção vai ter de repetir a atuação contra o México para chegar à final da Copa América. "Agora não pode haver erros. Quem errar, volta para casa."
De acordo com Parreira, a grande rivalidade entre as duas equipes aumentará a expectativa pela partida, além de servir de estímulo para todos atletas em campo. Pelo fato de o Uruguai contar com um grupo mais experiente - Rodriguez, Dario Silva, Forlan e Montero já estiveram em Copa do Mundo -, o técnico da seleção até acredita na possibilidade de alguma catimba durante o confronto. E já conversou sobre isso com seu time. "Não podemos bobear, temos de evitar tumultos."
Parreira quer que a seleção toque a bola com cautela e canse os adversários, sem lhes dar a chance de contra-ataques. Ele citou Adriano como exemplo de quem iniciou os treinos para a Copa América completamente fora de forma e que, amanhã, está novamente em condições de repetir o bom futebol que apresenta na Europa. Embora esteja pensando somente em disputar o título, Parreira sabe da hipótese de ter de ir a Cusco para o confronto de sábado, que definirá terceiro e quarto colocados da Copa América.
Ele fez muitas críticas aos organizadores do torneio, considerando um "castigo, um absurdo" que seleções saiam de Lima, ao nível do mar, para se submeter a uma altitude em torno de 3.000 metros, a fim de realizar um jogo sem nenhum apelo. "Isso é coisa de gente insana."
Pela primeira vez na competição, os atletas não circulam pelo hotel da delegação, permanecem quase enclausurados em seus quartos, evitam contato com hóspedes. Se houver empate nesta quarta à noite, em partida que será transmitida pela TV Globo, Brasil e Uruguai vão disputar em cobranças de pênaltis uma vaga à decisão da Copa América, domingo, em Lima. O técnico Carlos Alberto Parreira levará a campo o time da vitória sobre o México por 4 a 0, na quarta-de-final.
Nos dois dias de atividade do grupo em Lima, o ônibus que conduziu a equipe ao centro de treinamento da seleção do Peru e, hoje, ao Estádio Monumental, deixou o hotel pelos fundos. Na volta, o acesso era o mesmo. O estranho é que não existe o menor assédio de torcedores em nenhuma dependência do hotel. Os atletas ocupam todo o sexto andar e fazem refeições três pisos acima. A comissão técnica, contrária à presença da imprensa no mesmo local de hospedagem, garante que não há nenhuma ordem para que a equipe fique restrita aos quartos.
E atribui o distanciamento a uma iniciativa dos próprios jogadores, orientados a não se deixar influenciar pelos elogios recebidos após a goleada contra os mexicanos.
Parreira disse que a seleção ficou alegre e não em estado de euforia pelo último resultado, na cidade de Piura. "Não podemos entrar nessa onda de já-ganhou." Ele destacou o ataque como o ponto mais forte do Uruguai antes de assistir a alguns vídeos com os atletas sobre a forma de atuar do adversário.
"Dario Silva, Bueno e Forlan são muito perigosos e, dentro da área, decidem."
Um de seus auxiliares, Jairo dos Santos, acompanhou de perto o desempenho dos uruguaios na Copa América e alertou Parreira sobre a motivação da equipe, que veio para a competição com novo treinador, Jorge Fossati, responsável por uma grande reformulação no time que vai mal nas Eliminatórias do Mundial de 2006 - perdeu na última rodada para a Colômbia por 6 a 0.
"Ele mudou a cara do Uruguai, trouxe jogadores mais tarimbados", comentou o técnico do Brasil, certo de que a seleção vai ter de repetir a atuação contra o México para chegar à final da Copa América. "Agora não pode haver erros. Quem errar, volta para casa."
De acordo com Parreira, a grande rivalidade entre as duas equipes aumentará a expectativa pela partida, além de servir de estímulo para todos atletas em campo. Pelo fato de o Uruguai contar com um grupo mais experiente - Rodriguez, Dario Silva, Forlan e Montero já estiveram em Copa do Mundo -, o técnico da seleção até acredita na possibilidade de alguma catimba durante o confronto. E já conversou sobre isso com seu time. "Não podemos bobear, temos de evitar tumultos."
Parreira quer que a seleção toque a bola com cautela e canse os adversários, sem lhes dar a chance de contra-ataques. Ele citou Adriano como exemplo de quem iniciou os treinos para a Copa América completamente fora de forma e que, amanhã, está novamente em condições de repetir o bom futebol que apresenta na Europa. Embora esteja pensando somente em disputar o título, Parreira sabe da hipótese de ter de ir a Cusco para o confronto de sábado, que definirá terceiro e quarto colocados da Copa América.
Ele fez muitas críticas aos organizadores do torneio, considerando um "castigo, um absurdo" que seleções saiam de Lima, ao nível do mar, para se submeter a uma altitude em torno de 3.000 metros, a fim de realizar um jogo sem nenhum apelo. "Isso é coisa de gente insana."
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377945/visualizar/
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