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Senador pede R$ 4 bilhões para a mídia
Brasília - Membro da subcomissão do Senado que avalia a proposta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fortalecer as empresas de comunicação, o senador Hélio Costa (PMDB-MG) vai propor que o total a ser liberado para o setor seja de R$ 4 bilhões e não de R$ 2 bilhões, como sugeriu o presidente da instituição, Carlos Lessa.
Hélio Costa também defende critérios mais favoráveis para o pagamento dos financiamentos. Segundo ele, as condições da primeira proposta feita pelo banco - prazo de pagamento de 60 meses e juros de 5% ao ano mais TJLP - não são satisfatórias, principalmente se comparadas a outra operações feitas pelo próprio BNDES.
O senador acredita que, diante de uma proposta "razoável", os grupos representados pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Nacional de Editoras de Revistas (Aner) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) podem rever a decisão, já manifestada ao BNDES, de desistir do programa.
O presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto, informou, na semana passada, que os motivos da desistência foram expressos em carta que as entidades enviaram a Lessa. "O banco levou muito tempo para apresentar uma proposta e, quando o fez, o teor mantém as empresas do setor em condições desfavoráveis quanto a prazo e limitação de recursos para a carteira", explicou.
Posição estratégica
Hélio Costa acredita que o BNDES, além de não ter problemas de caixa, reconhece a posição estratégica das empresas de comunicação. "É importante lembrar que se trata do maior banco de fomento do hemisfério, do tamanho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Só do Fundo de Amparo ao Trabalhador ele dispõe de R$ 45 bilhões para aplicar, o que corresponde a US$ 15 bilhões", alega.
Para Hélio Costa, sem apoiar o setor de comunicação, o País corre o risco de ter uma área estratégica na mão de estrangeiros. "Os estrangeiros vão comprar tudo", prevê. Segundo ele, as dificuldades das empresas decorrem da valorização do dólar nos últimos anos. "A dívida do setor, a compra de equipamentos e de papel é toda feita em dólar, que, em relação à nossa moeda, triplicou de valor nos últimos oito anos", constata.
Negociação
A subcomissão encarregada de analisar a proposta do BNDES, criada pelo presidente da Comissão de Educação (CE), senador Osmar Dias (PDT-PR), tem até 20 de agosto para apresentar o relatório sobre a proposta encaminhada pelo BNDES.
Hélio Costa disse que vai propor a seus colegas, no próximo dia 3, que recomendem ao banco a adoção de critérios "mais flexíveis", que realmente atendam ao setor. Ele acredita que o BNDES tem condições de analisar a proposta da subcomissão no prazo de 30 dias. "O banco não tem obrigação de aceitar a proposta, mas tenho certeza de que o presidente Carlos Lessa terá boa vontade em examiná-la", afirmou.
O senador avalia que a dívida do setor chega a R$ 10 bilhões, o que tem dificultado novos investimentos. "Daí porque os porcentuais sugeridos pelo banco têm de ser negociados, sob pena de comprometer os investimentos com pagamento de juros", justifica.
Hélio Costa também defende critérios mais favoráveis para o pagamento dos financiamentos. Segundo ele, as condições da primeira proposta feita pelo banco - prazo de pagamento de 60 meses e juros de 5% ao ano mais TJLP - não são satisfatórias, principalmente se comparadas a outra operações feitas pelo próprio BNDES.
O senador acredita que, diante de uma proposta "razoável", os grupos representados pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Nacional de Editoras de Revistas (Aner) e Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) podem rever a decisão, já manifestada ao BNDES, de desistir do programa.
O presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto, informou, na semana passada, que os motivos da desistência foram expressos em carta que as entidades enviaram a Lessa. "O banco levou muito tempo para apresentar uma proposta e, quando o fez, o teor mantém as empresas do setor em condições desfavoráveis quanto a prazo e limitação de recursos para a carteira", explicou.
Posição estratégica
Hélio Costa acredita que o BNDES, além de não ter problemas de caixa, reconhece a posição estratégica das empresas de comunicação. "É importante lembrar que se trata do maior banco de fomento do hemisfério, do tamanho do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Só do Fundo de Amparo ao Trabalhador ele dispõe de R$ 45 bilhões para aplicar, o que corresponde a US$ 15 bilhões", alega.
Para Hélio Costa, sem apoiar o setor de comunicação, o País corre o risco de ter uma área estratégica na mão de estrangeiros. "Os estrangeiros vão comprar tudo", prevê. Segundo ele, as dificuldades das empresas decorrem da valorização do dólar nos últimos anos. "A dívida do setor, a compra de equipamentos e de papel é toda feita em dólar, que, em relação à nossa moeda, triplicou de valor nos últimos oito anos", constata.
Negociação
A subcomissão encarregada de analisar a proposta do BNDES, criada pelo presidente da Comissão de Educação (CE), senador Osmar Dias (PDT-PR), tem até 20 de agosto para apresentar o relatório sobre a proposta encaminhada pelo BNDES.
Hélio Costa disse que vai propor a seus colegas, no próximo dia 3, que recomendem ao banco a adoção de critérios "mais flexíveis", que realmente atendam ao setor. Ele acredita que o BNDES tem condições de analisar a proposta da subcomissão no prazo de 30 dias. "O banco não tem obrigação de aceitar a proposta, mas tenho certeza de que o presidente Carlos Lessa terá boa vontade em examiná-la", afirmou.
O senador avalia que a dívida do setor chega a R$ 10 bilhões, o que tem dificultado novos investimentos. "Daí porque os porcentuais sugeridos pelo banco têm de ser negociados, sob pena de comprometer os investimentos com pagamento de juros", justifica.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377948/visualizar/
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