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Kerry surpreende e arrecada mais dinheiro que Bush
John Kerry, o candidato democrata nas presidenciais de novembro, surpreende os analistas, conseguindo competir com o mandatário republicano George W. Bush na arrecadação de recursos eleitorais, graças a uma melhor utilização da Internet. "Todo mundo esperava que George W. Bush arrecadasse US$ 200 milhões ou mais contra um candidato democrata limitado ao teto de US$ 45 milhões em fundos eleitorais. Não foi o caso", assinalou Anthony Corrado, especialista em finanças eleitorais na Brookings Institution de Washington.
Renunciando assim como Bush à destinação de US$ 45 milhões em fundos federais previstos para a campanha das primárias, Kerry fez uma boa aposta: nos quatro últimos meses, arrecadou mais dinheiro do que seu adversário.
Mas desde o começo da campanha está em desvantagem, com US$ 180 milhões, contra US$ 230 milhões de Bush. Apesar da diferença, estas são as quantias mais elevadas arrecadadas por qualquer candidato democrata ou republicano numa campanha presidencial. "O que mudou não é o fato de as contribuições serem mais elevadas e sim que há uma maior participação, além do papel da Internet", informou Corrado.
Howard Dean, adversário de Kerry nas primárias democratas, havia compreendido a função vital da internet para canalizar as contribuições individuais de seus partidários e a lição foi aprendida por seu partido.
Esta campanha presidencial é também a primeira realizada sob a nova lei de financiamento eleitoral aprovada por iniciativa dos senadores John McCain, republicano, e Russ Feingold, democrata, que limita as contribuições individuais a US$ 2 mil e proíbe aquelas - antes ilimitadas - realizadas indiretamente aos candidatos por empresas e sindicatos.
"A arrecadação de recursos através da internet se converteu no principal instrumento democrático para o financiamento desta campanha", declarou Trevor Potter, ex-presidente da Comissão eleitoral federal e um dos redatores da lei, durante um recente debate da Fundação New America em Washington.
Embora os democratas tenham sido beneficiados com este sistema, Bush aperfeiçoou com sucesso o mais tradicional dos "Pioneers" e "Rangers", funções criadas durante sua campanha em 2000, baseadas na tenacidade de seus partidários, que pedem doações a amigos e parentes.
A campanha também favoreceu o surgimento de associações políticas chamadas "527", número de exceção fiscal que permite não pagar impostos sobre as doações realizadas. Estas organizações apóiam principalmente Kerry e a mais conhecida, "MoveOn.org", é financiada em grande parte pelo multimilionário George Soros, forte adversário de Bush.
Depois das convenções de seus partidos, tanto Kerry como Bush deverão novamente utilizar os fundos federais, limitados então a US$ 75 milhões para cada candidato. A não ser que decidam novamente experimentar a sorte, renunciando aos fundos federais, um desafio incerto, mas que nenhum dos dois candidatos descarta categoricamente.
Renunciando assim como Bush à destinação de US$ 45 milhões em fundos federais previstos para a campanha das primárias, Kerry fez uma boa aposta: nos quatro últimos meses, arrecadou mais dinheiro do que seu adversário.
Mas desde o começo da campanha está em desvantagem, com US$ 180 milhões, contra US$ 230 milhões de Bush. Apesar da diferença, estas são as quantias mais elevadas arrecadadas por qualquer candidato democrata ou republicano numa campanha presidencial. "O que mudou não é o fato de as contribuições serem mais elevadas e sim que há uma maior participação, além do papel da Internet", informou Corrado.
Howard Dean, adversário de Kerry nas primárias democratas, havia compreendido a função vital da internet para canalizar as contribuições individuais de seus partidários e a lição foi aprendida por seu partido.
Esta campanha presidencial é também a primeira realizada sob a nova lei de financiamento eleitoral aprovada por iniciativa dos senadores John McCain, republicano, e Russ Feingold, democrata, que limita as contribuições individuais a US$ 2 mil e proíbe aquelas - antes ilimitadas - realizadas indiretamente aos candidatos por empresas e sindicatos.
"A arrecadação de recursos através da internet se converteu no principal instrumento democrático para o financiamento desta campanha", declarou Trevor Potter, ex-presidente da Comissão eleitoral federal e um dos redatores da lei, durante um recente debate da Fundação New America em Washington.
Embora os democratas tenham sido beneficiados com este sistema, Bush aperfeiçoou com sucesso o mais tradicional dos "Pioneers" e "Rangers", funções criadas durante sua campanha em 2000, baseadas na tenacidade de seus partidários, que pedem doações a amigos e parentes.
A campanha também favoreceu o surgimento de associações políticas chamadas "527", número de exceção fiscal que permite não pagar impostos sobre as doações realizadas. Estas organizações apóiam principalmente Kerry e a mais conhecida, "MoveOn.org", é financiada em grande parte pelo multimilionário George Soros, forte adversário de Bush.
Depois das convenções de seus partidos, tanto Kerry como Bush deverão novamente utilizar os fundos federais, limitados então a US$ 75 milhões para cada candidato. A não ser que decidam novamente experimentar a sorte, renunciando aos fundos federais, um desafio incerto, mas que nenhum dos dois candidatos descarta categoricamente.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377963/visualizar/
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