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Cidades/Geral
Segunda - 19 de Julho de 2004 às 13:52
Por: Neusa Baptista

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Cerca de mil pessoas lotaram o Teatro Universitário, na UFMT, a fim de assistir à abertura da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Ciência (SBPC), que se iniciou neste domingo (18.07) e segue até o dia 23.07, com palestras, mesas redondas, conferências e apresentações de trabalhos científicos e culturais, configurando-se como o maior encontro do tipo no Brasil.

Em uma mesa composta por, entre outros, o presidente da SBPC, Ênio Candotti, o governador Blairo Maggi ressaltou a importância do evento e a honra que o estado tem em recebê-lo. Ele destacou os investimentos do Estado nos Fundos Constitucionais, além da garantia dada pelo Governo de recursos constitucionais na ordem de 0,5 % da arrecadação para a pesquisa. Graças a essas ações, atualmente a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) conta com um orçamento de R$ 20 milhões.

Ele citou também, como apoio do Governo à 56ª Reunião da SBPC, o recapeamento e a readequação do campus da UFMT.

O evento foi acompanhado por estudantes universitários, coordenados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que se manifestaram durante todo o evento em favor da preservação ambiental e por reformas universitárias.

Para Blairo Maggi, as discussões sobre o tema não podem ser feitas de forma tão apaixonada. “Acho normal, acho que estamos num ambiente de universitários, eu também já fui universitário, já fui membro do DCE. Isso é normal num encontro onde se pretende discutir ciência, onde os estudantes podem se manifestar, ainda bem que é assim, porque no meu tempo era bem diferente, nós tínhamos o exército nas costas, polícia nas costas, e hoje aqui a manifestação pode ser aberta e transparente”, observou o governador.

Sobre a questão ambiental, o governador foi enfático, afirmando existirem dois grandes problemas com essa proposta. “Primeiro, que se nós formos dividir a Amazônia, tirarmos fora o Mato Grosso, o Pará, parte de Rondônia e deixar o restante da Amazônia que ainda é 50% do território brasileiro. É possível se discutir moratória nesse campo, eu também tenho defendido isso também”, disse ele.

“Onde já existe ocupação humana em Mato Grosso, em parte do Pará e no Tocantins, isso é praticamente impossível de acontecer, pois as pessoas precisam sobreviver. Existe uma lei maior hoje que permite a ocupação desses solos e é a atividade econômica que esses estados sabem fazer e tem vocação para fazer, portanto é contraditória essa posição, mas há espaço para discutir se formos olhar a Amazônia como um todo”.




Fonte: Secom - MT

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