Repórter News - reporternews.com.br
A realidade da prostituição em Tangará da Serra
Tangará da Serra, hoje, é uma das maiores cidades da região do Médio Norte do Estado. Junto com o crescimento e desenvolvimento da cidade também evoluiu e expandiu o comércio do sexo. Hoje, é possível encontrar com facilidade mulheres e homens se prostituindo nas ruas, bares e casas noturnas espalhadas pela cidade. Uma das ruas mais famosas de ponto de prostituição é a Rua 26. Durante o dia, um local com várias lojas e comércio; à noite, se transforma em pontos de comercialização do corpo.
A equipe de reportagem do DS, percorreu, além da Rua 26, muitos outros pontos de prostituição e pôde comprovar a realidade de perto. Muitas casas noturnas ostentam luxo e riqueza para os clientes, e um programa pode chegar até a R$ 300. Do outro lado da moeda estão os bares e calçadas da cidade, em que um programa pode variar de R$ 10 a R$ 100 dependendo do que a profissional do sexo irá fazer. “Temos clientes que pagam muito bem por uma noite, às vezes chego a faturar de um único cliente mais de R$ 100, mas geralmente o programa fica entre R$ 20 e R$ 40. Mas tenho amigas, que já estão na decadência e cobram o suficiente para comprar uma cerveja e um cigarro”, contou Malu, 20, que se prostitui desde os 15 anos, e não quis revelar o nome verdadeiro.
Segundo Malu, ela tira por mês aproximadamente R$ 1,5 mil. “Tem mês que é ótimo, dá para pagar todas a contas, ajudar minha família. Outros, que o movimento é baixo, aí só fico com os clientes antigos. Mas no geral, não posso reclamar, tenho um salário melhor que muita gente”, ressaltou.
Segundo informações das próprias prostitutas, trabalham hoje nas ruas de Tangará cerca de 40 mulheres, além daquelas que têm ponto fixo em bares e casas noturnas. Elas afirmaram que a maioria dos clientes são casados ou estão a negócio na cidade. “Tenho quatro clientes fixos que atendo toda semana, são casados e têm ótimos empregos. Também atendo em hotéis muitos empresários e representantes comerciais que estão somente de passagem pela cidade”, completou Malu.
Violência: “Já apanhei de clientes, de outras prostitutas e até de homens que passam pela rua e acham de aprontar com a gente. Pior que apanhar é quando o cliente, além de bater, ainda rouba o que ganhamos a noite toda”, destacou Darlene, 27, (nome fictício), prostituta desde os 17 anos.
Como Darlene, muitas mulheres que “ganham” a vida se prostituindo enfrentam a dura realidade de uma das profissões mais antigas do mundo. Muitas vezes, essas pessoas se expõem a humilhações, doenças e até à criminalidade. “Uma vez um cara veio fazer o programa comigo e quando chegamos no hotel ele queria que eu transasse sem camisinha e que consumisse drogas com ele. Saí correndo do quarto, mas ele me alcançou na rua, levei uma surra tremenda. Fiquei dias sem poder trabalhar. Mas o que posso fazer se a vida me levou para esse caminho”, contou.
Mas, a violência não atinge somente as mulheres. Travestis e homens que se prostituem também sofrem com esse perigo iminente. “Estou aqui em Tangará há pouco tempo. Mas, já apanhei muito de clientes em outros lugares. Agora eu aprendi. Bateu, levou. Se eles me batem e não querem pagar, vou atrás deles em qualquer lugar, mas busco o meu dinheiro”, afirmou Verônica (nome de guerra), 23, travesti desde os 13 anos.
Outro travesti que também já sofreu atos de violência e humilhação é Michelle, 25. “Uma vez saí com um cliente e quando ele foi me deixar, eu desci da moto e ele saiu correndo. No outro dia eu fui buscar o dinheiro no serviço dele. Afinal, moro em Tangará desde que nasci e conheço todo mundo aqui, por isso, quem me bate, eu também bato, e quem quer me der o cano, eu vou atrás seja onde for, mas pego meu dinheiro”, contou.
Realidade: Na maioria dos casos, a vida nessa profissão não é nada fácil. Raros são os casos de prostitutas que conseguem ganhar dinheiro e sair dessa vida. Cerca de 90% das mulheres continuam na prostituição mesmo depois de não serem mais jovens. Com isso, acabam cobrando apenas R$ 10 ou R$ 15 por programa, e ainda têm que dar uma porcentagem para o agenciador. Por isso, muitas acabam entrando no vício das drogas e do álcool e se sujeitam a qualquer situação para ganhar um trocado.
As doenças sexualmente trasmissíveis também são fontes de preocupação. “Transo sem camisinha quando o cliente paga mais. Não posso perder dinheiro, tenho família para sustentar. Mas sempre fica uma pergunta martelando a minha cabeça: será que eu tenho alguma doença? Bom, acho que não tenho, porque até o momento não apareceu nenhum sintoma”, afirmou Malu.
Segundo Michelle, ele nunca transou sem camisinha. “Tenho um namorado há três anos, a gente sempre transou com camisinha e com os meus clientes é a mesma coisa. Sou travesti e tenho que me cuidar. Já pensou se eu pego uma Aids? O que vai ser de mim? Deus me livre, por isso que exijo que seja sempre de camisinha”, contou.
A equipe de reportagem do DS, percorreu, além da Rua 26, muitos outros pontos de prostituição e pôde comprovar a realidade de perto. Muitas casas noturnas ostentam luxo e riqueza para os clientes, e um programa pode chegar até a R$ 300. Do outro lado da moeda estão os bares e calçadas da cidade, em que um programa pode variar de R$ 10 a R$ 100 dependendo do que a profissional do sexo irá fazer. “Temos clientes que pagam muito bem por uma noite, às vezes chego a faturar de um único cliente mais de R$ 100, mas geralmente o programa fica entre R$ 20 e R$ 40. Mas tenho amigas, que já estão na decadência e cobram o suficiente para comprar uma cerveja e um cigarro”, contou Malu, 20, que se prostitui desde os 15 anos, e não quis revelar o nome verdadeiro.
Segundo Malu, ela tira por mês aproximadamente R$ 1,5 mil. “Tem mês que é ótimo, dá para pagar todas a contas, ajudar minha família. Outros, que o movimento é baixo, aí só fico com os clientes antigos. Mas no geral, não posso reclamar, tenho um salário melhor que muita gente”, ressaltou.
Segundo informações das próprias prostitutas, trabalham hoje nas ruas de Tangará cerca de 40 mulheres, além daquelas que têm ponto fixo em bares e casas noturnas. Elas afirmaram que a maioria dos clientes são casados ou estão a negócio na cidade. “Tenho quatro clientes fixos que atendo toda semana, são casados e têm ótimos empregos. Também atendo em hotéis muitos empresários e representantes comerciais que estão somente de passagem pela cidade”, completou Malu.
Violência: “Já apanhei de clientes, de outras prostitutas e até de homens que passam pela rua e acham de aprontar com a gente. Pior que apanhar é quando o cliente, além de bater, ainda rouba o que ganhamos a noite toda”, destacou Darlene, 27, (nome fictício), prostituta desde os 17 anos.
Como Darlene, muitas mulheres que “ganham” a vida se prostituindo enfrentam a dura realidade de uma das profissões mais antigas do mundo. Muitas vezes, essas pessoas se expõem a humilhações, doenças e até à criminalidade. “Uma vez um cara veio fazer o programa comigo e quando chegamos no hotel ele queria que eu transasse sem camisinha e que consumisse drogas com ele. Saí correndo do quarto, mas ele me alcançou na rua, levei uma surra tremenda. Fiquei dias sem poder trabalhar. Mas o que posso fazer se a vida me levou para esse caminho”, contou.
Mas, a violência não atinge somente as mulheres. Travestis e homens que se prostituem também sofrem com esse perigo iminente. “Estou aqui em Tangará há pouco tempo. Mas, já apanhei muito de clientes em outros lugares. Agora eu aprendi. Bateu, levou. Se eles me batem e não querem pagar, vou atrás deles em qualquer lugar, mas busco o meu dinheiro”, afirmou Verônica (nome de guerra), 23, travesti desde os 13 anos.
Outro travesti que também já sofreu atos de violência e humilhação é Michelle, 25. “Uma vez saí com um cliente e quando ele foi me deixar, eu desci da moto e ele saiu correndo. No outro dia eu fui buscar o dinheiro no serviço dele. Afinal, moro em Tangará desde que nasci e conheço todo mundo aqui, por isso, quem me bate, eu também bato, e quem quer me der o cano, eu vou atrás seja onde for, mas pego meu dinheiro”, contou.
Realidade: Na maioria dos casos, a vida nessa profissão não é nada fácil. Raros são os casos de prostitutas que conseguem ganhar dinheiro e sair dessa vida. Cerca de 90% das mulheres continuam na prostituição mesmo depois de não serem mais jovens. Com isso, acabam cobrando apenas R$ 10 ou R$ 15 por programa, e ainda têm que dar uma porcentagem para o agenciador. Por isso, muitas acabam entrando no vício das drogas e do álcool e se sujeitam a qualquer situação para ganhar um trocado.
As doenças sexualmente trasmissíveis também são fontes de preocupação. “Transo sem camisinha quando o cliente paga mais. Não posso perder dinheiro, tenho família para sustentar. Mas sempre fica uma pergunta martelando a minha cabeça: será que eu tenho alguma doença? Bom, acho que não tenho, porque até o momento não apareceu nenhum sintoma”, afirmou Malu.
Segundo Michelle, ele nunca transou sem camisinha. “Tenho um namorado há três anos, a gente sempre transou com camisinha e com os meus clientes é a mesma coisa. Sou travesti e tenho que me cuidar. Já pensou se eu pego uma Aids? O que vai ser de mim? Deus me livre, por isso que exijo que seja sempre de camisinha”, contou.
Fonte:
Diário da Serra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378108/visualizar/
Comentários