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Saúde
Terça - 13 de Julho de 2004 às 18:08
Por: Jesiel Pinto

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (Ses), divulgados pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (CVE), indicam que a malária está sob controle no Estado de Mato Grosso. De 200.746 casos registrados em 1992, houve redução para 7.071, uma queda de 96,6%. Atualmente existem 89 municípios chamados de ‘silenciosos’, em que não há notificação da doença. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Beatriz Castro, disse que “hoje, com as ações pontuais da Saúde, pode-se dizer que a situação é de total controle”.

Mesmo assim ainda existem 18 municípios, que fazem parte da Amazônia Legal, em que há notificações de casos da doença. Devido às características da região, a ocorrência do mal é previsível. “O que é importante”, explicou a coordenadora, “é que a investigação, busca, o controle dos casos e as ações pontuais dos municípios têm mantido a doença sob controle”.

A descentralização das ações da Saúde tem sido uma ferramenta essencial para o controle da doença no Estado. “Essas ações descentralizadas”, informou Beatriz Castro, “vêm possibilitando aos municípios assumir parcialmente o controle da doença junto com programas que envolvem parceiros da comunidade. A meta é manter o risco da doença controlado”. Para isso foram abertos 14 Escritórios Regionais de Saúde que pretendem cuidar, de modo descentralizado, do controle da doença no Estado.

“É aí que entram as oficinas de capacitação”, afirmou Beatriz de Castro. Ontem (13.7) começou a 1ª Oficina para Multiplicadores nas Ações de Controle de Malária, na Escola de Saúde Pública, no bairro Coophema. “É mais uma realização no sentido de capacitar nossos profissionais”, declarou Beatriz de Castro. Cerca de 30 profissionais, enfermeiros e biólogos que trabalham no PSF – Programa de Saúde da Família, estão recebendo capacitação para funcionarem como multiplicadores de conhecimento para os agentes do Pacs – Programa de Agentes Comunitários de Saúde.

Com esse repasse de conhecimento a Ses vai conseguir diagnosticar, realizar o tratamento precoce e faze a Vigilância Epidemiológica da Malária no Estado. “Essa não vai ser a única oficina realizada sobre o assunto”, declarou Beatriz de Castro. “Vamos realizar quantas mais forem necessárias para realmente capacitar nossos servidores a combater e fazer com que a Malária continue sob controle no Estado de Mato Grosso”.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica lembrou que as parcerias também são um meio importante para alcançar esse objetivo. Nelas participam o Ministério da Saúde, a Sés e as Secretarias Municipais de Saúde. As atribuições do Ministério de Saúde são o financiamento das ações, a Ses supervisiona as ações e capacita o pessoal e as secretarias municipais operacionalizam as ações através do combate ao vetor da Malária e a realização da Vigilância Epidemiológica. “Agora mesmo, na 1ª oficina, estamos fazendo uma parceria com o Ministério da Saúde”, ela contou.

Beatriz também fez questão de ressaltar as parcerias internas, dentro da própria Ses, como o trabalho realizado pela Coordenadoria de Vigilância Ambiental. “Eles fazem um controle vetorial que ajuda muito o nosso trabalho”, mencionou. Maria de Lurdes Girardi, da Gerência de Endemias, explicou que uma das frentes da Vigilância Ambiental é a capacitação. “No mês de maio”, ela lembrou, “realizamos a capacitação de 13 técnicos de municípios do interior para dar suporte a ações de combate à Malária”.




Fonte: Secom - MT

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