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Indústria tem a maior produção da história em maio
A produção industrial brasileira manteve em maio sua trajetória de recuperação e mostrou pela primeira vez sinais significativos da retomada da demanda interna, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
"Maio confirma a trajetória de crescimento observada desde fevereiro", disse Isabella Nunes, técnica do IBGE, acrescentando que o patamar de produção em maio foi o maior desde o início da pesquisa, em 1991.
A produção cresceu 2,2% sobre abril - maior taxa do ano - e 7,8% contra maio de 2003. Segundo ela, os segmentos exportadores e os ligados à agricultura continuam ditando o ritmo da produção, mas agora os setores dependentes da renda doméstica estão contribuindo.
"A novidade é que os efeitos multiplicadores das exportações, da agroindústria e da oferta de crédito já se espalham pela economia. Em maio se consegue ver pela primeira vez uma recuperação clara de setores voltados para o mercado interno."
Isso se mostra, segundo Nunes, pela alta da produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis pelo segundo mês seguido na comparação mensal, com alta de 1,7% ante abril, e pelo terceiro mês na comparação anual, com avanço de 0,9%.
"O setor de não duráveis tem grande importância para o crescimento do PIB. Seu peso é o segundo maior no PIB... É um setor chave para a economia e para o PIB", afirmou.
Entre os segmentos dependentes principalmente da renda do trabalhador doméstico, o IBGE destacou os aumentos de produção de Farmacêuticos - de 4,1% sobre abril -, Têxtil - de 2,6% - e de Vestuário, de 0,9%.
Também destacaram-se a produção de Veículos automotores e a de Máquina e Equipamentos, ambas com um pouco mais de 4% de crescimento em maio em relação a abril, voltadas bastante para as vendas externas.
Em relação a maio de 2003, o destaque foi a atividade de Veículos automotores, que saltou 27,4 por cento, o maior impacto positivo no índice geral.
RECUPERAÇÃO SUSTENTÁVEL?
Nunes, do IBGE, afirmou que a produção de bens não duráveis deve continuar aumentando. Já o economista-chefe da consultoria Global Station, Marcelo Ávila, teme que a boa performance industrial recente esbarre em gargalos de infra-estrutura e não se sustente.
"Que está crescendo, está, sem dúvida nenhuma, mas será só um espamo?... Porque tem a questão da falta de investimentos, da falta de regulamentação, dos gargalos", disse ele.
"Por enquanto, estamos preenchendo capacidade ociosa, mas é como um copo de água: você consegue encher até um ponto e depois você tem que comprar outro, (ou seja) investir."
No ano, a produção acumula alta de 6,5% sobre igual período do ano passado. Nos 12 meses, a expansão é de 2,8%.
O IBGE acrescentou a produção de bens de consumo duráveis subiu 3,2% em maio ante abril, a de bens de capital, 3,7% e a de bens intermediários, 1,7%.
Em relação a maio de 2003, a produção de bens de consumo duráveis aumentou 23,4%, a de bens de capital, 26% e a de bens intermediários, 6,7%.
"Maio confirma a trajetória de crescimento observada desde fevereiro", disse Isabella Nunes, técnica do IBGE, acrescentando que o patamar de produção em maio foi o maior desde o início da pesquisa, em 1991.
A produção cresceu 2,2% sobre abril - maior taxa do ano - e 7,8% contra maio de 2003. Segundo ela, os segmentos exportadores e os ligados à agricultura continuam ditando o ritmo da produção, mas agora os setores dependentes da renda doméstica estão contribuindo.
"A novidade é que os efeitos multiplicadores das exportações, da agroindústria e da oferta de crédito já se espalham pela economia. Em maio se consegue ver pela primeira vez uma recuperação clara de setores voltados para o mercado interno."
Isso se mostra, segundo Nunes, pela alta da produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis pelo segundo mês seguido na comparação mensal, com alta de 1,7% ante abril, e pelo terceiro mês na comparação anual, com avanço de 0,9%.
"O setor de não duráveis tem grande importância para o crescimento do PIB. Seu peso é o segundo maior no PIB... É um setor chave para a economia e para o PIB", afirmou.
Entre os segmentos dependentes principalmente da renda do trabalhador doméstico, o IBGE destacou os aumentos de produção de Farmacêuticos - de 4,1% sobre abril -, Têxtil - de 2,6% - e de Vestuário, de 0,9%.
Também destacaram-se a produção de Veículos automotores e a de Máquina e Equipamentos, ambas com um pouco mais de 4% de crescimento em maio em relação a abril, voltadas bastante para as vendas externas.
Em relação a maio de 2003, o destaque foi a atividade de Veículos automotores, que saltou 27,4 por cento, o maior impacto positivo no índice geral.
RECUPERAÇÃO SUSTENTÁVEL?
Nunes, do IBGE, afirmou que a produção de bens não duráveis deve continuar aumentando. Já o economista-chefe da consultoria Global Station, Marcelo Ávila, teme que a boa performance industrial recente esbarre em gargalos de infra-estrutura e não se sustente.
"Que está crescendo, está, sem dúvida nenhuma, mas será só um espamo?... Porque tem a questão da falta de investimentos, da falta de regulamentação, dos gargalos", disse ele.
"Por enquanto, estamos preenchendo capacidade ociosa, mas é como um copo de água: você consegue encher até um ponto e depois você tem que comprar outro, (ou seja) investir."
No ano, a produção acumula alta de 6,5% sobre igual período do ano passado. Nos 12 meses, a expansão é de 2,8%.
O IBGE acrescentou a produção de bens de consumo duráveis subiu 3,2% em maio ante abril, a de bens de capital, 3,7% e a de bens intermediários, 1,7%.
Em relação a maio de 2003, a produção de bens de consumo duráveis aumentou 23,4%, a de bens de capital, 26% e a de bens intermediários, 6,7%.
Fonte:
Invertia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378463/visualizar/
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