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Tecnologia
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 17:16
Por: JMagalhães

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São Paulo - Pior do que o surgimento de duas novas variantes do Bagle é a disponibilização de seu código-fonte, feita hoje pelo seu autor em fóruns hackers. O vírus foi escrito em assembler, a mais pura linguagem de máquina, o que significa que quem o fez não está para brincadeiras.

“São poucos os programadores que dominam assembler, de modo que o autor do Bagle merece todo o cuidado possível”, diz Mikko Hyppönen, diretor do laboratório de antivírus da F-Secure.

Os poucos, porém, representam perigo. Eles podem mexer no código-fonte e produzir versões mais poderosas do vírus, mudando as backdoors que permitem acesso secreto aos sistemas, tornando, assim, bem mais difícil a tarefa dos administradores de redes em detectar uma invasão a seus computadores.

O receio de que isso aconteça é grande. Mas há também a expectativa de que existam pistas nas linhas de comentários do código, que possam ajudar autoridades poiciais a rastrear e identificar seu criador.

“Não será nada fácil. Até porque o escritor de vírus age desse modo para reduzir a carga de evidências contra ele. Se for pego, não será o único a ter o código da praga no computador”, explica Richard Starnes, vice-presidente do grupo de segurança britânico ISSA.

O Bagle, que surgiu em janeiro último, propaga-se por e-mail e já tem mais de 25 variáveis. Ele transporta um trojan (programa malicioso) que transforma os PCs contaminados em um exército de zumbis, prontos para despejar milhares de spams em caixa de correio eletrônico de todo o mundo ou desfechar um DDoS (ataque distribuído de negação de serviço) a sites de grandes corporações.




Fonte: Estadão.com

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