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Economia
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 15:40
Por: Jacqueline Farid

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Rio de Janeiro - O ministro do Planejamento, Guido Mantega, reafirmou hoje no Rio de Janeiro que o governo é contra a introdução de um mecanismo de reajuste do salário mínimo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ele comentou a proposta do relator da LDO, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), de vincular o reajuste do mínimo à variação do PIB per capita dizendo que é preciso uma recuperação dos salários, “mas sem indexação”.

"Vamos procurar conversar com os senadores para a retirada desse dispositivo (da LDO) e, caso contrário, tentaremos derrubá-lo em plenário". O ministro explicou que o governo vai criar um grupo de trabalho que envolverá ministérios, sindicalistas e o próprio Legislativo para a definição "de uma recuperação do mínimo voltada para o futuro". Ele não detalhou que mecanismos seriam usados para a recuperação do salário, mas salientou que o objetivo é evitar qualquer indexação. Segundo o ministro, caso o mínimo fosse vinculado ao PIB per capita, isso poderia representar uma despesa adicional para os cofres públicos de R$ 1 bilhão. A proposta anterior de vinculação do mínimo ao PIB nominal representaria uma despesa adicional de R$ 2 bilhões, caso o PIB brasileiro crescesse 3,5% em 2004. "Mas a questão não é tanto a despesa, queremos é desindexar a economia e essa não seria uma política de recuperação do salário eficiente." PIB pode crescer 4% O ministro Guido Mantega referiu-se várias vezes, durante entrevista após palestra no 2º Seminário Internacional de Fundos de Pensão no Rio, a uma variação de 4% no PIB do Brasil neste ano, superior aos 3,5% de crescimento já estimados pelo governo. Questionado em seguida se havia revisado para a cima a projeção para o PIB, Mantega afirmou que "mantenho os 3,5%, mas a reação da economia tem sido muito positiva e essa estimativa deve ser superada". Ele reafirmou que "há fortes indicadores" de que haverá crescimento do PIB no segundo trimestre e a expansão deverá prosseguir também no terceiro e quarto trimestres. O seminário será encerrado no fim da tarde pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu.




Fonte: Estadão.com

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