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Agronegócios
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 11:12
Por: Rosana Persona

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Nos últimos 10 anos o estado de Mato Grosso aumentou em 100% a produtividade de feijão, passando de 550 quilos por hectare para 1,2 mil quilos por hectare, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2003). Para manter a cultura em ascensão o coordenador de pesquisa da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Valter Martins de Almeida, está pesquisando 20 experimentos de genótipos de feijão dos grupos carioca, preto, cores e precoce. Ele diz que o aumento da produtividade é devido à tecnologia aplicada envolvendo variedades mais produtivas.

Para garantir feijão de qualidade e adaptado às condições climáticas e de solo do Estado, Martins analisa que é necessário acompanhar o experimento de perto para conseguir novos materiais genéticos ou variedades que apresentem características de elevado rendimento de grãos, com resistência às doenças, tolerância a altas temperaturas, épocas de plantio mais tardias. Esse trabalho é uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão.

O pequeno produtor nesses últimos anos reduziu a área de plantio, enquanto os médios e grandes produtores ampliaram a área e conseqüentemente a produtividade. O coordenador fala que o material genético oferecido é o mesmo tanto para o produtor mecanizado como para o manual, disponibilizando cultivares de qualidade e mais adaptadas às demandas de consumo, como é o caso do feijão do grupo carioca.

CONSUMO DIÁRIO - Os experimentos estão sendo analisados nos campos experimentais da Empaer nos municípios de Cáceres, Sinop e Tangará da Serra e conta com a participação do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag). "A pesquisa visa conhecer a fenologia destes genótipos ao longo do ciclo vegetativo, com informações principalmente de produtividade e tolerância às doenças subsidiando a pesquisa estadual na recomendação de variedades de feijão para Mato Grosso", esclarece Valter.

Lembrando que o feijão está na mesa do brasileiro nas refeições diárias, portanto é de interesse da agricultura familiar a produção desses grupos de feijões Carioca, Preto, cores e precoce, que vão contribuir com a alimentação da população de baixa renda como mais uma opção para produção. O trabalho de pesquisa também será utilizado como aula prática a fim de transmitir conhecimentos técnicos sobre a cultura do feijão para os alunos do curso de agronomia.

Valter acredita que esse trabalho de pesquisa terá resultados positivos em dois anos, e com a possibilidade de apresentar duas novas variedades capazes de satisfazer as exigências dos produtores, principalmente da agricultura familiar, consumidores e aumentar a oferta dessa leguminosa em nível nacional. "Mesmo com o aumento da produtividade nos últimos anos, o produtor vem aprendendo a produzir feijão, escolhendo a área adequada, plantando a variedade correta e se enquadrando para produzir com qualidade. Esses novos genótipos também são resultados dessa produtividade", conclui Martins.




Fonte: Secom - MT

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