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Economia
Sexta - 26 de Outubro de 2012 às 13:17

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Uma pesquisa inédita feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) sobre os preços dos alimentos no varejo de Cuiabá (MT) identificou que uma família de quatro pessoas e com renda mensal de um salário mínimo gastou, em setembro deste ano, R$ 321,1 somente em alimentação. O valor é 7,6% superior em relação a fevereiro deste ano (R$ 298,5). O motivo para o aumento, segundo o presidente do Sistema Famato, Rui Prado, é a logística do Estado que encarece os produtos essenciais que compõem a cesta, principalmente os hortifrutigranjeiros e o trigo. Os dados foram apresentados ontem durante coletiva de imprensa na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato).

Desde fevereiro, o Imea passou a acompanhar os valores de 68 produtos em cinco estabelecimentos da Capital, avaliando a média de preço de três marcas para cada produto e em cada local. Na pesquisa foi usado um indicador geral de preços baseado na ração mínima do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O valor do tomate em Cuiabá aumentou 47% de fevereiro a setembro deste ano, sendo considerado o crescimento mais significativo da cesta. Em segundo lugar está o arroz (42%), cuja produção estadual caiu mais de 40%, e em terceiro a batata (27% mais cara) que, assim como o tomate, vem de outros estados.

"O nosso maior desafio é solucionar os problemas logísticos para reduzir o impacto do aumento dos preços desses alimentos aos consumidores”, afirmou Prado, acrescentando que, apesar disso, Mato Grosso evoluiu muito desde a década de 60, quando o Estado importava boa parte dos alimentos.

REDUÇÃO – O preço da carne, que representa 30% de participação na cesta de produtos, reduziu 1%. Outros produtos que registraram queda nos valores foram o açúcar (-5%), o feijão (-8%) e a banana (-19%).

De acordo com o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, a pesquisa também identificou que, em Cuiabá, uma família que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar mais de 113 horas para pagar a alimentação. Em São Paulo são necessárias 109h19.




Fonte: DO GD

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