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Terça - 06 de Julho de 2004 às 16:14
Por: Gleid Moreira

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Moradores do bairro Despraiado têm vivido um verdadeiro caos com a forte fumaça de queimadas de lixo, pneus velhos, pó de madeira e até de animais mortos, em toda a extensão da rua Osvaldo da Silva Corrêa. A situação se agrava no início da noite, horário em que normalmente começam a colocar fogo.

Segundo Maria Helena da Silva, costureira, que mora próximo do local, não dá mais para aguentar. Disse que os moradores da região não sabem mais o que fazer, pois durante todo o dia, em toda a extensão da avenida, muito lixo é jogado nos terrenos baldios ao lado da rua e no final da tarde, as pessoas começam a atear fogo. “Aqui o pessoal queima de tudo, precisamos fazer alguma coisa porque o tempo seco ainda faz a situação piorar mais. Como se não bastasse a fumaça, o forte mal cheiro dos animais mortos é insuportável”.

O aposentado Antônio Lara, que mora um pouco mais distante da avenida, disse que para ele as pessoas só jogam o lixo nos terrenos baldios, porque em alguns trechos do bairro o carro de coleta de lixo não passa.

“No meu caso, além da fumaça ainda sofro com mosquitos, porque a minha casa é próxima do esgoto”, frisou.

Para o tenente-coronel Sidney Rodrigues, apesar da falta de chuvas, o período em que realmente ficam proibidas as queimadas em perímetro urbano, é de 15 de julho a 15 de outubro e enquanto isso é muito difícil controlar fogo em lixo e terrenos baldios.

“Nessa época a prefeitura não faz vistorias e nem multa ninguém por colocar fogo em lixo ou mato. Também não disponibilizamos de pessoal para atender a todas as solicitações, principalmente as de pequenos focos. Só vamos quando a situação é de risco porque não disponibilizamos de carros para todas as ocorrências”, destacou.

Para o período em que as queimadas passam a ser realmente proibidas, todos os anos é feita uma parceria entre Corpo de Bombeiros, prefeitura e Fema.

Carros pipas são disponibilizados para atender as chamadas de pequenos focos. Em anos anteriores, de acordo com Sidney, existiam quatro carros, para este ano existem apenas dois.

Com a centralização das informações no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), não há mais dados específicos com relação ao número de queimadas, número de chamadas e número de atendimentos.




Fonte: Folha do Estado

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