Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 26 de Outubro de 2012 às 12:58
Por: Vivian Lessa

    Imprimir


Valor da cesta básica variou 4,7% no mês de maio em São Luís (Foto: De Jesus/O Estado) 
Arroz teve alta de 42%, por exemplo, conforme o
Imea. (Foto: De Jesus/O Estado)


 

Os trabalhadores assalariados de Mato Grosso precisam trabalhar, pelo menos, por duas semanas para pagar o valor médio cobrado na cesta básica. A composição da ração essencial para alimentação de uma família com quatro pessoas, que recebe um salário mínimo como renda mensal, ficou em cerca de R$ 321,05 em setembro deste ano, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Em fevereiro, quando teve início o levantamento, o preço da cesta básica era de R$ 298,5. O estudo inédito, divulgado nesta quinta-feira (25) pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), aponta que o valor atual é o maior se comparado ao que foi cotado nas cidades de São Paulo (R$ 309,08), Brasília (R$ 298,39) e Goiânia (R$ 258,20).

O comportamento dos preços da cesta básica mato-grossense é resultado da majoração dos valores cobrados, principalmente, pelo tomate, arroz, batata e farinha. De acordo com o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, o tomate, que teve aumento de 47% entre fevereiro e setembro deste ano, é o grande vilão da cesta básica ,representando 15% do custo total do aglomerado de produtos.

“O arroz também teve responsabilidade neste processo com alta de 42% no mesmo período”, acrescenta Celidônio. Ele explica que a cultura em questão sofreu queda na produção provocada pela redução de área, passando de 200 mil hectares para 160 mil hectares na última safra mato-grossense.

A alta nos preços dos demais, de acordo com o presidente da Famato, Rui Prado, está relacionada à falta de logística adequada para trazer a produção para o estado. Conforme ele, produtos como farinha e café em pó ainda são importados. “O desafio e sanar esse gargalo para que a população não sinta no bolso pelo alto custo dos alimentos”.

No entanto, Prado pontua que a produção do estado é suficiente para atender a demanda principal de alimentos. “Evoluímos desde a década de 60, quando importávamos a maioria dos produtos consumidos pelos mato-grossenses”.

Estudo - O levantamento para a composição do preço da cesta básica, feito cinco estabelecimentos de Cuiabá, sendo quatro supermercados e um açougue, é realizado semanalmente pelo Imea. Em cada local de pesquisa, são considerados uma lista de 68 produtos de três marcas distintas.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/37874/visualizar/