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Ibama vai implantar plano para combater caramujo
Mato Grosso está entre os estados que terão o plano de ação do Ibama para o controle e combate ao caramujo africano. A informação é do analista ambiental do órgão Fábio Faraco, que veio ao estado fazer um levantamento dos municípios que apresentam a espécie considerada invasora. De acordo com o biólogo, o Ibama está implantando um programa piloto em alguns municípios do país. “Ao todo são 23 estados. Como não temos estrutura suficiente para atender a todos de imediato, estamos fazendo as visitas in loco para que assim possamos implantar o programa piloto em pelo menos um município por estado atingido”, explicou Faraco, que hoje visita Dom Aquino. Na programação do biólogo está Chapada dos Guimarães, que também apresentou exemplares do caramujo africano.
Faraco explicou ainda que, para o plano ser colocado em prática, as prefeituras terão papel fundamental, já que detêm as informações sobre a presença do molusco. Missões técnicas virão de Brasília para passar os dados do caramujo a pessoas que deverão atuar nas campanhas de controle e combate. Por enquanto, não é possível saber em qual município será instalado o plano de ação do Ibama, mas segundo Faraco antes mesmo de retornar a Brasília, amanhã, a cidade e as condições de implantação já estarão definidas.
Em no máximo duas semanas uma missão deverá vir a Mato Grosso. Uma equipe cuidará exclusivamente da imprensa. A assessoria do órgão fará um treinamento com os jornalistas interessados em acompanhar as visitas in loco dos técnicos.
Por enquanto o município de Parnamirim, no Rio Grande Norte, é o único em que o projeto piloto já foi implantado. “São 120 mil habitantes, uma população pequena, e por isso o controle está sendo eficaz. Deveremos trabalhar com números de habitantes em torno disso, pois o trabalho traz resultados mais rápido”, avaliou o analista, que disse ter encontrado moluscos com até 20 centímetros de comprimento na região Nordeste, tamanho considerado acima do normal para a espécie.
A professora doutora em Malacologia (ciência que estuda os moluscos) e pesquisadora da UFMT Cláudia Callil, que acompanha as ações do Ibama, disse que por enquanto 11 municípios declararam a presença do caramujo africano. O último a se manifestar oficialmente foi Rondonópolis, a 210 quilômetros de Cuiabá. “A prefeitura encaminhou o ofício requisitando ajuda pois vários focos já foram detectados por lá”.
Mas o número de estados e municípios em todo país pode ser maior. Fábio Faraco contou que em algumas regiões as pessoas desconhecessem os males causados pelo caramujo e lidam com o molusco como se fosse um brinquedo. “Estudos apontam para a possibilidade da espécie causar doenças como meningite e perfurações abdominais como apendicite. O risco maior é quando o animal é manuseado diretamente”, alertou o biólogo.
Além disso, o caramujo é invasor, ocupa os ambientes e compete com as espécies nativas. Para a pesquisadora Cláudia Callil, representa uma ameaça à biodiversidade. Em Mato Grosso, a ameaça mais direta do caramujo africano é contra o caramujo nativo conhecido como “aruá”, utilizado por índios para alimentação e confecção de artesanato. A espécie está na lista de animais ameaçados de extinção.
Uma das grandes preocupações é o fato do caramujo africano se reproduzir rapidamente. Um relatório do Ibama mostra que o animal pode produzir 500 ovos por ano. “Ele é muito adaptável, come até papelão, isopor e sola de sapato. Imagine isso em um lixão?”, explicou a bióloga Cláudia Callil.
Por conta desses invasores o Ibama nacional criou a Coordenadoria de Manejo de Fauna na Natureza, o Comfan. Fábio Faraco, que é membro da coordenadoria, explicou que com a criação do Comfan o Ibama pretende ampliar o combate e o controle das espécies consideradas prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. “Por enquanto temos catalogadas quatro espécies que estão em estudo para controle e combate. Duas consideradas exóticas e invasoras, da qual se destaca o caramujo africano. A outra é o javali. Duas nativas e também invasoras: a catuvita (espécie de papagaio) e a capivara”, explicou o biólogo. A coordenadoria faz parte da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama.
Faraco explicou ainda que, para o plano ser colocado em prática, as prefeituras terão papel fundamental, já que detêm as informações sobre a presença do molusco. Missões técnicas virão de Brasília para passar os dados do caramujo a pessoas que deverão atuar nas campanhas de controle e combate. Por enquanto, não é possível saber em qual município será instalado o plano de ação do Ibama, mas segundo Faraco antes mesmo de retornar a Brasília, amanhã, a cidade e as condições de implantação já estarão definidas.
Em no máximo duas semanas uma missão deverá vir a Mato Grosso. Uma equipe cuidará exclusivamente da imprensa. A assessoria do órgão fará um treinamento com os jornalistas interessados em acompanhar as visitas in loco dos técnicos.
Por enquanto o município de Parnamirim, no Rio Grande Norte, é o único em que o projeto piloto já foi implantado. “São 120 mil habitantes, uma população pequena, e por isso o controle está sendo eficaz. Deveremos trabalhar com números de habitantes em torno disso, pois o trabalho traz resultados mais rápido”, avaliou o analista, que disse ter encontrado moluscos com até 20 centímetros de comprimento na região Nordeste, tamanho considerado acima do normal para a espécie.
A professora doutora em Malacologia (ciência que estuda os moluscos) e pesquisadora da UFMT Cláudia Callil, que acompanha as ações do Ibama, disse que por enquanto 11 municípios declararam a presença do caramujo africano. O último a se manifestar oficialmente foi Rondonópolis, a 210 quilômetros de Cuiabá. “A prefeitura encaminhou o ofício requisitando ajuda pois vários focos já foram detectados por lá”.
Mas o número de estados e municípios em todo país pode ser maior. Fábio Faraco contou que em algumas regiões as pessoas desconhecessem os males causados pelo caramujo e lidam com o molusco como se fosse um brinquedo. “Estudos apontam para a possibilidade da espécie causar doenças como meningite e perfurações abdominais como apendicite. O risco maior é quando o animal é manuseado diretamente”, alertou o biólogo.
Além disso, o caramujo é invasor, ocupa os ambientes e compete com as espécies nativas. Para a pesquisadora Cláudia Callil, representa uma ameaça à biodiversidade. Em Mato Grosso, a ameaça mais direta do caramujo africano é contra o caramujo nativo conhecido como “aruá”, utilizado por índios para alimentação e confecção de artesanato. A espécie está na lista de animais ameaçados de extinção.
Uma das grandes preocupações é o fato do caramujo africano se reproduzir rapidamente. Um relatório do Ibama mostra que o animal pode produzir 500 ovos por ano. “Ele é muito adaptável, come até papelão, isopor e sola de sapato. Imagine isso em um lixão?”, explicou a bióloga Cláudia Callil.
Por conta desses invasores o Ibama nacional criou a Coordenadoria de Manejo de Fauna na Natureza, o Comfan. Fábio Faraco, que é membro da coordenadoria, explicou que com a criação do Comfan o Ibama pretende ampliar o combate e o controle das espécies consideradas prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. “Por enquanto temos catalogadas quatro espécies que estão em estudo para controle e combate. Duas consideradas exóticas e invasoras, da qual se destaca o caramujo africano. A outra é o javali. Duas nativas e também invasoras: a catuvita (espécie de papagaio) e a capivara”, explicou o biólogo. A coordenadoria faz parte da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378743/visualizar/
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