Transporte mais caro impede queda da inflação pelo IPC-S

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) relativo à semana terminada no dia 25 de junho apresentou variação de 0,82%, um recuo de 0,01 ponto percentual em relação a apuração anterior, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A desaceleração foi praticamente imperceptível, apesar de ter sido verificada em cinco dos sete grupos que compõem o IPC-S. A principal razão deste empate técnico foi a aceleração de 0,29 ponto percentual observada no grupo Transportes. Com este acréscimo, a taxa de variação do grupo atingiu 1,46%, superando a de Alimentação, a mais alta das sete até a semana passada. O grupo Transportes, maior alta entre os sete, foi impulsionado principalmente pelo recente reajuste autorizado para os combustíveis. Álcool Combustível e Gasolina contribuíram para a elevação da taxa deste grupo com variações que subiram, respectivamente, de 9,42% para 10,08% e de 2,16% para 3,19%.

O grupo Alimentação registrou desaceleração 0,08 ponto percentual, alcançando variação de 1,40% contra 1,48% na última apuração. Este movimento reflete a queda de 8 dos 21 itens componentes do grupo, que respondem por mais de 42% das despesas familiares com Gêneros Alimentícios. Perderam influência itens como Hortaliças e Legumes, cuja taxa passou de 10,45% para 10,35%, e Frutas, com recuo de -1,58% para -3,07%. No sentido oposto, destacam-se os itens Laticínios, que passou de 3,36% para 3,50%, e Carnes Bovinas, que teve sua variação elevada de 0,07% para 0,19%.

A inflação de Florianópolis recuou 0,32 ponto percentual, ficando em 0,81% na semana terminada no dia 25 de junho, e foi responsável pela maior desaceleração no índice. A maior aceleração foi em Salvador, com crescimento de 0,11 ponto percentual e inflação de 0,35% no período.

Das doze capitais pesquisadas pela entidade, oito regiões apresentaram desaceleração em suas taxas e três registraram alta. A inflação em Recife foi de 0,12%, a menor taxa apurada, com recuo de 0,01 ponto percentual. Já a capital paulistana ficou com a maior taxa de inflação, com 1,17%, com queda também de 0,01 ponto percentual em relação ao período anterior.