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Cidades/Geral
Segunda - 05 de Julho de 2004 às 17:26
Por: Sandra Carvalho

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A vendedora J.S.M, 26, pode ser condenada de dois a oito anos de prisão por ter feito uma falsa comunicação de crime na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cuiabá (Derrf), de acordo com o artigo 339 do Código Penal Brasileiro. Três jovens chegaram a ter a prisão preventiva decretada, mas mostraram o que realmente havia acontecido.

Na realidade, J.S.M quis proteger seu companheiro, mesmo tendo sido agredida por ele de forma violenta.

Tudo começou no dia 12 de fevereiro deste ano, quando a vendedora registrou queixa de roubo na polícia. De acordo com a suposta vítima, ela estava dormindo em sua residência em companhia de dois filhos de 3 e 8 anos, por volta da 1 hora, quando teria ouvido vozes masculinas. A casa estava escura e um dos homens teria falado para uma outra pessoa recolher os objetos de valor que fosse encontrando.

“Levantei assustada e corri em direção à porta na tentativa de chegar até o orelhão para pedir ajuda”, relatou J.S.M, quando teria sido agarrada por dois dos quatro homens que teriam invadido sua casa. “Um deles me agrediu, mesmo estando imobilizada”, acrescentou ela, que teria ficado com hematomas nos braços e na barriga, além de vários arranhões pelo corpo.

“Depois de muita luta, consegui escapar e sair da casa com meus filhos”, dramatizou a vendedora, que ainda teria conseguido telefonar para a polícia e denunciar o fato.

Como seus filhos choravam muito e diante do seu nervosismo, ela teria “jogado” as crianças no quintal do vizinho enquanto os homens saíram correndo, tomando rumo ignorado.

De acordo com o depoimento da “vítima” na Derrf, eles levaram sua carteira de identidade e R$ 150 em dinheiro. E mais: nenhuma porta da casa teria sido arrombada, estavam armados com revólveres e aparentavam estar drogados.

A vendedora aponta os suspeitos como sendo os vizinhos “Joemilton”, “Josemar” e “Carlos”, o “Gordinho”. O quarto homem que teria assaltado J.S.M seria conhecido pelo apelido de “Baby”. “Esse eu não conheço”, garantiu ela. A queixa foi registrada, em princípio, na Central de Flagrantes.

De posse da ocorrência, os policiais passaram a investigar a denúncia e chegaram a três acusados, todos vizinhos da vendedora, que não foi submetida a exames de lesão corporal porque os hematomas “já haviam desaparecido”.




Fonte: Folha do Estado

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