Prefeitura considera "difícil" dar fim a todas as "crateras"

A Prefeitura de Cuiabá informa que há oito equipes itinerantes realizando operação tapa-buracos na Capital. A informação partiu do engenheiro civil Quidalguro Marino, titular da Secretaria Municipal de Obras. De acordo com ele, embora reconheça que manutenção de vias públicas seja de responsabilidade do poder público, tapar todos os buracos da cidade é difícil. "Quando somos procurados, incluímos os pedidos na rotina das equipes. Só o trabalho de levantamento realizado pela secretaria não é suficiente", assinala.

Ele lista vários motivos para justificar o aparecimento de buracos pela cidade: vazamento subterrâneo da tubulação de água, capa asfáltica velha, com mais de 15 anos, e águas que deixam as casas e ganham as ruas. "Vias públicas são de nossa responsabilidade, mas passeio é tarefa do morador", atribui o engenheiro.

Um giro pela cidade é suficiente para constatar a abrangência do problema. Bocas-de-lobo sem tampa, cobertas pelo mato, buracos nas calçadas estão por todos os lados.

No dia 5 de maio de 2002, o garoto Felipe Matheus de Barros, 4, morreu dois dias depois de cair em um buraco deixado aberto por prestadores de serviço da Companhia de Saneamento de Cuiabá (Sanecap), no bairro São Mateus. O buraco tinha 1,20 m de profundidade. A vítima permaneceu submersa por 20 minutos e foi levado com parada cardíaca para o HPSMC.

Embora este seja o caso mais grave envolvendo acidente em via pública, buracos não deixam de oferecer risco à população.(AP)