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Cidades/Geral
Quarta - 30 de Junho de 2004 às 16:57
Por: Maria Nascimento

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Mato Grosso é o terceiro estado brasileiro em índice de violência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma realidade preocupante, principalmente se levarmos em conta o número de habitantes aqui residente, que não ultrapassa 2,8 milhões, enquanto nos dois outros casos, Rio de Janeiro que ocupa o 1º lugar e Pernambuco em 2º, onde o contingente habitacional ultrapassa a 10 milhões.

Preocupado com esta realidade, o deputado Nataniel de Jesus (PMDB) apresentou na Assembléia Legislativa projeto de lei que institui o Dia do Perdão no calendário mato-grossense. A data, 18 de setembro deverá servir de momento de reflexão sobre o tema, e as conseqüências do não perdão, como fonte de ira e conseqüente aumento dos desentendimentos que geram violência. O Dia do Perdão já é instituída nacionalmente, também em 18 de setembro.

Em Mato Grosso, o projeto 244/04 prevê que os Poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário - proporcionem todo apoio necessário à realização de atos públicos, solenidades e festejos alusivos à data, sempre com o objetivo de conscientizar a população.

As comemorações compreenderão a realização de cultos, missas, campanhas e outras atividades afins que visem a cooperação e respeito às crenças dos cidadãos mato-grossenses e a seus hábitos e costumes.

No entendimento do parlamentar o mundo em que vivemos está passando por um período de grandes conflitos e atribulações e por isso, é fundamental a conscientização e o envolvimento de todos na luta contra as mazelas de nosso dia-a-dia, articulando movimentos de combate às injustiças e em prol da paz entre os povos.

“Diante da realidade, de altos índices de violência, torna-se mais do que nosso dever, como legisladores, criar mecanismos para inibir essa onda de criminalidade, fazendo valer o estado de direito do cidadão. Sobretudo, temos que sensibilizar a sociedade, desenvolvendo ações que venham a diminuir as desigualdades e o Dia do Perdão será o momento oportuno para essa reflexão”, acredita Nataniel.

O líder da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Santa Cruz pastor Edvaldo José Gonzaga de Melo considera o projeto importante.

Segundo ele, “essa data será extremante importante para que a sociedade possa refletir sobre o assunto, em especial aqueles que não param no dia-a-dia para perdoar o semelhante. É importante ainda, porque o Senhor Jesus instituiu na nossa vida que devemos amar ao próximo e só se pode amar ao próximo se houver uma atitude constante de perdão”, refletiu.

Citando a Bíblia

O pastor citou Matheus capítulo 18, versículos de 21 a 35, no qual Deus chama a atenção para a necessidade de perdoar infinitamente.

Confira os versículos:

21 Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?

22 Jesus respondeu: Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

23 Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.

24 Quando começou o acerto, levaram a ele um que devia dez mil talentos.

25 Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.

26 O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: ‘Dá-me um prazo. E eu te pagarei tudo’.

27 Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado, e lhe perdoou a dívida.

28 Ao sair daí, esse empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Ele o agarrou, e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague logo o que me deve’.

29 O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dê-me um prazo, e eu pagarei a você’.

30 Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.

31 Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão, e lhe contaram tudo.

32 O patrão mandou chamar o empregado, e lhe disse: ‘Empregado miserável! Eu lhe perdoei toda a sua dívida, porque você me suplicou.

33 E você, não devia também ter compaixão do seu companheiro, como eu tive de você?’

34 O patrão indignou-se, e mandou entregar esse empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.

35 É assim que fará com vocês o meu Pai que está no céu, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.




Fonte: Assessoria/AL

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