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Polícia Brasil
Terça - 29 de Junho de 2004 às 21:24
Por: Eduardo Kattah

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Belo Horizonte - Uma mulher e uma menina foram agredidas e tiveram dedos das mãos amputados por traficantes na madrugada de hoje, no conjunto de favelas conhecido como aglomerado Vila Vietnã, região nordeste da capital mineira, conforme informações da Polícia Militar. De acordo com a ocorrência policial, por volta das 2h30, Daniele Gomes de Barros, de 23 anos, e J.A.S.S, de 13 anos, pediram socorro em um posto de vigilância da PM. As duas apresentavam sinais de espancamento. Daniele teve os dedos mínimo e anelar da mão esquerda amputados, enquanto a menor teve cortados os dedos indicador e médio da mão direita. Elas contaram aos policiais do 16º Batalhão, que atenderam a ocorrência, que os traficantes usaram uma tesoura de cortar grama para fazer as mutilações.

As vítimas relataram ainda que foram abordadas por quatro homens e uma mulher em um bar no bairro São Paulo, também na região nordeste, e levadas para o interior do aglomerado. Segundo a ocorrência da PM, os agressores suspeitaram que elas seriam informantes, porque foram vistas conversando com policiais militares em uma viatura.

Três dos cinco agressores seriam menores de idade. Os acusados estariam também procurando por um irmão de J.A.S.S, suspeito de envolvimento com o tráfico.

A frieza dos agressores deixou surpresos até os policiais envolvidos na investigação. “Nos meus 25 anos de polícia eu nunca vi uma coisa dessas”, afirmou o inspetor Joaquim Santana, da 17ª Delegacia Distrital de Polícia Civil, para onde foi encaminhada a ocorrência. Um inquérito para investigar o caso seria aberto pelo delegado Airton Alves Almeida.

A região do aglomerado Vila Vietnã, segundo policiais civis, é considerada uma das mais violentas de Belo Horizonte. A PM informou que iria reforçar o policiamento na área e continuava fazendo buscas à procura de suspeitos, mas até o final da tarde de ontem ninguém havia sido preso.

As vítimas foram levadas pelos militares para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na região central de Belo Horizonte. Elas foram atendidas e liberadas ainda durante a madrugada.




Fonte: Estadão.com

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