China quer rápida solução para navios parados com soja brasileira

A China, o maior importador mundial de soja, pretende resolver rapidamente o problema dos carregamentos de soja brasileira parados no país, que servem de obstáculos para que os negócios com soja entre os dois países voltem a fluir normalmente, afirmou um funcionário de alto escalão chinês nesta segunda-feira.

O comércio de soja entre Brasil e China ainda enfrenta problemas, apesar do acordo sobre questões de qualidade e sobre a suspensão da proibição a exportadores de soja brasileiro alcançado recentemente. Isso porque compradores chineses estão tendo dificuldades para obter documentos do governo que permitam que os navios sejam descarregados.

"Acreditamos que (essa questão) vai se resolver muito rapidamente", disse a jornalistas o vice-ministro do Comércio da China, Yi Xiaozhun.

"Continuaremos apoiando as importações do Brasil. Estamos trabalhando duro para resolver alguns problemas técnicos para garantir a segurança e saúde de nossos consumidores", afirmou Yi, durante um fórum empresarial.

A China e o Brasil começaram a ter problemas comerciais no fim de abril, quando o governo chinês proibiu que cinco carregamentos com soja brasileira descarregassem no país alegando a presença de sementes com agroquímicos. Além disso, barrou 23 fornecedores do Brasil.

Porém traders acusaram a China de adotar essa postura para quebrar os contratos já assinados a preços mais altos que os atuais.

Na semana passada os dois países firmaram um acordo para acabar com a disputa, e a China revogou a proibição aos fornecedores brasileiros, que inclui empresas como a Cargill e a Archer Daniels Midland.

A China é o principal comprador de soja do Brasil e o terceiro mais parceiro comercial do país, atrás dos Estados Unidos e da Argentina.