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Argentina suspenderá embargo a carne brasileira, diz Ministério da Agricultura
O Ministério da Agricultura divulgou nota nesta quarta-feira anunciando que o embargo às importações de carne brasileira na Argentina será suspenso nesta quinta-feira.
A Argentina havia suspendido a importação de carne de animais suscetíveis à febre aftosa por causa da descoberta de um foco da doença no Pará, na semana passada.
De acordo com a nota, o secretário da Agricultura da Argentina, Miguel Campos, disse que ainda não havia recebido informações mais detalhadas sobre o foco encontrado na cidade de Monte Alegre.
O Serviço Nacional e Qualidade Agroalimentária da Argentina havia divulgado antes que a duração da suspensão dependeria das medidas sanitárias e das investigações epidemiológicas a serem conduzidas pelo Brasil.
Rússia
A Argentina foi o segundo país a suspender as compras de carne brasileira desde a descoberta do novo foco, o primeiro a surgir no Brasil em 34 meses.
Em uma outra nota, o Ministério da Agricultura anunciou que deve receber nesta quinta-feira "informação oficial" do governo da Rússia sobre o embargo também imposto pelo país à carne brasileira, na semana passada.
A nota diz que o deputado federal Odacir Zonta (PP-SC) informou ao ministro interino da Agricultura, Linney Costa Lima, que recebeu telefonema de um representante da empresa Sadia em Moscou confirmando que o governo russo irá anunciar a suspensão do embargo.
O Brasil é hoje o maior exportador de carne bovina do mundo.
A avaliação inicial de técnicos no assunto indicava que o novo foco não prejudicaria as exportações brasileiras porque a área afetada, o município de Monte Alegre, já está fora da zona livre de febre aftosa.
A carne do município já não era destinada à exportação justamente por se tratar de uma área de risco.
A zona livre faz parte da política das autoridades brasileiras para delimitar áreas seguras para a exportação de carne.
Altamente contagiosa, a febre aftosa ataca todos os animais "de casco fendido", inclusive bovinos, suínos e ovinos.
Embora não haja sinais de que o consumo da carne prejudique a saúde humana, países como Estados Unidos e Japão não importam carne fresca do Brasil e outros importadores só compram carne brasileira vindas de áreas declaradas livres da doença.
Erradicação
O objetivo do Ministério da Agricultura era erradicar a doença no país até o ano que vem.
A meta firmada em toda a América do Sul é de erradicar a febre aftosa até 2009, mas o Brasil resolveu adotar metas mais rígidas.
Para a consultoria Global Briefing, no entanto, para atingir essa meta, o governo terá de ampliar a campanha de vacinação em Estados mais isolados, menos importantes para a exportação.
Além disso, a descoberta do novo foco adia em pelo menos um ano o pedido de reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) de "país livre de febre aftosa com vacinação". O plano inicial era obter o certificado em maio de 2005.
De acordo com o Ministério da Agricultura, 88% do rebanho do país, cerca de 182 milhões de cabeças de gado, estão nas zonas identificadas como livre de febre aftosa com o uso de vacinação.
De acordo com a nota, o secretário da Agricultura da Argentina, Miguel Campos, disse que ainda não havia recebido informações mais detalhadas sobre o foco encontrado na cidade de Monte Alegre.
O Serviço Nacional e Qualidade Agroalimentária da Argentina havia divulgado antes que a duração da suspensão dependeria das medidas sanitárias e das investigações epidemiológicas a serem conduzidas pelo Brasil.
Rússia
A Argentina foi o segundo país a suspender as compras de carne brasileira desde a descoberta do novo foco, o primeiro a surgir no Brasil em 34 meses.
Em uma outra nota, o Ministério da Agricultura anunciou que deve receber nesta quinta-feira "informação oficial" do governo da Rússia sobre o embargo também imposto pelo país à carne brasileira, na semana passada.
A nota diz que o deputado federal Odacir Zonta (PP-SC) informou ao ministro interino da Agricultura, Linney Costa Lima, que recebeu telefonema de um representante da empresa Sadia em Moscou confirmando que o governo russo irá anunciar a suspensão do embargo.
O Brasil é hoje o maior exportador de carne bovina do mundo.
A avaliação inicial de técnicos no assunto indicava que o novo foco não prejudicaria as exportações brasileiras porque a área afetada, o município de Monte Alegre, já está fora da zona livre de febre aftosa.
A carne do município já não era destinada à exportação justamente por se tratar de uma área de risco.
A zona livre faz parte da política das autoridades brasileiras para delimitar áreas seguras para a exportação de carne.
Altamente contagiosa, a febre aftosa ataca todos os animais "de casco fendido", inclusive bovinos, suínos e ovinos.
Embora não haja sinais de que o consumo da carne prejudique a saúde humana, países como Estados Unidos e Japão não importam carne fresca do Brasil e outros importadores só compram carne brasileira vindas de áreas declaradas livres da doença.
Erradicação
O objetivo do Ministério da Agricultura era erradicar a doença no país até o ano que vem.
A meta firmada em toda a América do Sul é de erradicar a febre aftosa até 2009, mas o Brasil resolveu adotar metas mais rígidas.
Para a consultoria Global Briefing, no entanto, para atingir essa meta, o governo terá de ampliar a campanha de vacinação em Estados mais isolados, menos importantes para a exportação.
Além disso, a descoberta do novo foco adia em pelo menos um ano o pedido de reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) de "país livre de febre aftosa com vacinação". O plano inicial era obter o certificado em maio de 2005.
De acordo com o Ministério da Agricultura, 88% do rebanho do país, cerca de 182 milhões de cabeças de gado, estão nas zonas identificadas como livre de febre aftosa com o uso de vacinação.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/379499/visualizar/
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