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Casamento homossexual domina festa do "Orgulho Gay" em Paris
O reconhecimento do casamento homossexual, depois das uniões celebradas por um prefeito ecologista no início do mês, foi a principal reivindicação da tradicional festa do "Orgulho Gay" de Paris, que reuniu milhares de pessoas.
Entre 500.000 pessoas, segundo a polícia, e 700.000, de acordo com os organizadores, desfilaram durante mais de quatro horas entre as praças da Bastilha e a de Denfert-Rochereau entre dezenas de carroças coloridas.
O lema da marcha escolhido pelos organizadores, "Basta de hipocrisia, igualdade agora", não dava muita margem a interpretação.
Se fosse necessário, o porta-voz da Associação Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual, Alain Piriou, tinha dito que se dirigia a "este Governo que, no conjunto de nossas reivindicações não colocou um 'não' firme ou 'já veremos'".
Uma das estrelas do dia foi o deputado Verde Noel Mamere, que no último dia 5 casou, como prefeito de Begles (sudoeste), a dois homens, o que lhe valeu uma suspensão temporária de seu cargo ditada pelo ministro do Interior, Dominique de Villepin.
Mamere, ao que se lhe aproximaram para saudar e felicitar centenas de pessoas durante o desfile pela cerimônia que oficiou, disse estar "orgulhoso de haver lançado um debate social, de haver tido o valor de arriscar-me a que me sancionaram".
Precisamente falou contra a reação do governo e ressaltou que "hoje a sociedade francesa está muito mais ameaçada pelo comunitarismo que pelas bodas homossexuais".
A questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi recuperada por muitos dos participantes do desfile, que iam vestidos de casamento.
No entanto, também afloraram outras reclamações tradicionais como a luta contra os atos ou as declarações homofobas, que é objeto de um projeto de lei apresentado no Conselho de Ministros na quarta -feira passada.
O governo pretende com esse projeto aplacar em parte a descontentamento que causou na comunidade homossexual a sanção a Mamere.
Para isso, o mesmo primeiro-ministro, Jean-Pierrre Raffarin, tinha reunido na quinta-feira a representantes de diversas associações de homossexuais e lésbicas.
Também se comprometeu a criar uma comissão de especialistas que examine a questão do casamento e a paternidade dos homossexuais e lésbicas.
Além disso, a direita governamental enviou pelo segundo ano consecutivo uma delegação oficial ao desfile, para evitar sua tradicional marginação na tradicional festa gay.
O conselheiro regional da União por uma Maioria Popular (UMP), Jean-Luc Romero, insistiu que "não se pode esquecer que a sexualidade não é nem de direita nem de esquerda, mas simplesmente humana" e apostou por "superar a fratura" ideológica "porque se não, não avançaremos nos direitos".
Mas a esquerda foi, no terreno político, a que dominou por presença na marcha, com personalidades como o prefeito socialista de Paris, Bertrand Delanoë, que fez pública sua homossexualidade, e os ex-ministros também socialistas, Jack Lang e Dominique Strauss-Kahn.
Entre 500.000 pessoas, segundo a polícia, e 700.000, de acordo com os organizadores, desfilaram durante mais de quatro horas entre as praças da Bastilha e a de Denfert-Rochereau entre dezenas de carroças coloridas.
O lema da marcha escolhido pelos organizadores, "Basta de hipocrisia, igualdade agora", não dava muita margem a interpretação.
Se fosse necessário, o porta-voz da Associação Lésbica, Gay, Bissexual e Transexual, Alain Piriou, tinha dito que se dirigia a "este Governo que, no conjunto de nossas reivindicações não colocou um 'não' firme ou 'já veremos'".
Uma das estrelas do dia foi o deputado Verde Noel Mamere, que no último dia 5 casou, como prefeito de Begles (sudoeste), a dois homens, o que lhe valeu uma suspensão temporária de seu cargo ditada pelo ministro do Interior, Dominique de Villepin.
Mamere, ao que se lhe aproximaram para saudar e felicitar centenas de pessoas durante o desfile pela cerimônia que oficiou, disse estar "orgulhoso de haver lançado um debate social, de haver tido o valor de arriscar-me a que me sancionaram".
Precisamente falou contra a reação do governo e ressaltou que "hoje a sociedade francesa está muito mais ameaçada pelo comunitarismo que pelas bodas homossexuais".
A questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi recuperada por muitos dos participantes do desfile, que iam vestidos de casamento.
No entanto, também afloraram outras reclamações tradicionais como a luta contra os atos ou as declarações homofobas, que é objeto de um projeto de lei apresentado no Conselho de Ministros na quarta -feira passada.
O governo pretende com esse projeto aplacar em parte a descontentamento que causou na comunidade homossexual a sanção a Mamere.
Para isso, o mesmo primeiro-ministro, Jean-Pierrre Raffarin, tinha reunido na quinta-feira a representantes de diversas associações de homossexuais e lésbicas.
Também se comprometeu a criar uma comissão de especialistas que examine a questão do casamento e a paternidade dos homossexuais e lésbicas.
Além disso, a direita governamental enviou pelo segundo ano consecutivo uma delegação oficial ao desfile, para evitar sua tradicional marginação na tradicional festa gay.
O conselheiro regional da União por uma Maioria Popular (UMP), Jean-Luc Romero, insistiu que "não se pode esquecer que a sexualidade não é nem de direita nem de esquerda, mas simplesmente humana" e apostou por "superar a fratura" ideológica "porque se não, não avançaremos nos direitos".
Mas a esquerda foi, no terreno político, a que dominou por presença na marcha, com personalidades como o prefeito socialista de Paris, Bertrand Delanoë, que fez pública sua homossexualidade, e os ex-ministros também socialistas, Jack Lang e Dominique Strauss-Kahn.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/379521/visualizar/
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