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Internacional
Sábado - 26 de Junho de 2004 às 10:18

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primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, pediu pessoalmente ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que liberte os quatro britânicos ainda retidos na base de Guantánamo (Cuba), informa, em sua edição de hoje, o jornal "The Guardian". O jornal afirma que essa reclamação está moderada em alguns documentos oficiais apresentados ante o Tribunal Superior de Londres, em relação com uma demanda feita pelos advogados de dois desses detidos.

Em sua demanda, os advogados reclamavam ao governo do Reino Unido que exija formalmente dos EUA o regresso dos detidos para que não sejam julgados por um tribunal militar.

Nos documentos apresentados pelo Executivo britânico, aos quais teve acesso o "The Guardian", se assinala: "O governo do Reino Unido segue buscando o regresso dos quatro prisioneiros que seguem ali e para isso o primeiro-ministro fez um pedido direto ao presidente Bush".

Um porta-voz de Downing Street só comentou que "se trata de parte do processo e que Blair fala freqüentemente" com Bush.

Nove britânicos permaneceram retidos na base de Guantánamo (Cuba) durante quase dois anos acusados pelos EUA de serem 'combatentes ilegais', e cinco deles foram libertados em março e, ao chegar ao Reino Unido, foram libertados sem acusações.

Dos quatro que ainda permanecem na base americana, dois foram incluídos em um primeiro momento na lista dos que poderiam ser submetidos a tribunais militares, mas seus nomes foram retirados ante os protestos do governo do Reino Unido.

Nessa sexta-feira, o procurador-geral britânico, Peter Goldsmith, afirmou que esses tribunais militares são inaceitáveis e que há princípios de direitos fundamentais que "não podem ser comprometidos".

O Reino Unido não pode aceitar que os presos da base de Guantánamo compareçam ante tribunais militares dos EUA que carecem de 'garantias suficientes de um julgamento justo', afirmou lorde Goldsmith.

Em Guantánamo, estão retidos cerca de 650 prisioneiros, capturados por tropas americanas no final de 2001 ou começo de 2002 no Afeganistão e Paquistão, sob a suspeita de combater com os talibãs ou pertencer à rede terrorista Al Qaeda.




Fonte: Agência EFE

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