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Internacional
Terça - 22 de Junho de 2004 às 16:33

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Prostitutas de vários países do cone sul-americano se reuniram nos últimos dias no porto chileno de Valparaíso para oferecer seus serviços aos 6.000 tripulantes do porta-aviões americano "Ronald Reagan", que atracará na próxima sexta-feira.

A confirmação foi feita hoje, terça-feira, pelas autoridades de saúde do principal porto chileno, que dispuseram de uma série de medidas para prevenir o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.

"Estamos trabalhando de forma especial com os grupos de risco mais vulneráveis", disse ao jornal "La Estrella", de Valparaíso, Aníbal Vivaceta, secretário ministerial de Saúde, que acrescentou, sem dar números concretos, que além das chilenas as prostitutas mais numerosas são as argentinas.

O "Ronald Reagan" é um dos maiores porta-aviões dos EUA, com mais de 100.000 toneladas de deslocamento e com um comprimento equivalente a três campos de futebol, viaja da costa leste desse país para o porto de San Diego, no litoral oeste, e há poucos dias cruzou o Estreito de Magalhães.

Vivaceta assinalou que se fez um cadastro dos lugares de Valparaíso nos quais deverá haver uma maior demanda de serviços sexuais por parte dos marinheiros americanos, nos quais se reforçarão as medidas de prevenção.

Aníbal Vivaceta descartou o aumento do controle sanitário dirigido às prostitutas nestes dias - no Chile elas devem se submeter a controles periódicos e recebem uma "carteira de saúde" que lhes permite trabalhar.

Esses controles, "não são uma medida eficaz em períodos de grande aumento da atividade sexual, já que os resultados não vêm de forma imediata", explicou.

A melhor opção, acrescentou, é uma campanha de educação, para a qual o seu serviço obteve a colaboração da Marinha do Chile, que, segundo garantiu, já está em contato com sua homóloga americana para coordenar a tarefa.

Vivaceta anunciou que também se ativou a fiscalização dos locais que vendem alimentos para prevenir qualquer problema nesse âmbito.

Segundo dados da polícia e dos meios eletrônicos que oferecem serviços sexuais, no Chile existe uma crescente quantidade de prostitutas provenientes de países vizinhos que se estabeleceram em Santiago e em outras cidades nos últimos anos.

De acordo com essas publicações, as trabalhadoras sexuais de cada nacionalidade são identificadas por determinados bairros da capital chilena.

No centro e nos bairros populares do setor poente podem ser encontradas equatorianas e peruanas, nos municípios da área norte como Recoleta e Independencia há bolivianas, enquanto no setor residencial de Providencia trabalham argentinas e colombianas, e em Las Condes, mais poderoso, há venezuelanas e caribenhas.




Fonte: Agência EFE

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