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Saúde
Terça - 22 de Junho de 2004 às 10:58

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Mais de meio milhão de mulheres morrem a cada ano no mundo em conseqüência de gravidez ou de parto. De acordo com a funcionária do Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), a professora Gita Sen, a maioria das mortes é causada por falta de atendimento médico nos países pobres.

"Continuamos com esta cifra terrível de mais de meio milhão de mulheres que morrem a cada ano, enquanto aproximadamente 18 milhões de mulheres ficam inválidas ou cronicamente enfermas em razão de doenças contraídas durante a gravidez", declarou Sen.

A mortalidade materna é um dos capos em que não se registrou nenhum progresso desde a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), que se realizou no Cairo em 1994, destacou Sen numa entrevista à imprensa na tarde da segunda-feira. Segundo ela, grande parte dessas mortes poderia ser evitada, mas 40% das mulheres que vivem nos países do terceiro mundo dão a luz sem ajuda médica, segundo um estudo realizado em 169 países paa fazer um balanço dez anos depois da Conferência do Cairo.

O risco é particularmente alto para as jovens entre 15 e 19 anos, cuja taxa de mortalidade materna é duas vezes mais elevada que a das mulheres entre 20 e 24 anos. Aproximadamente 13% das mortes são causadas por abortos praticados em más condições, inclusive em países onde a interrupção da gravidez é legal. Dos 46 milhões de abortos praticados anualmente no mundo, cerca de 20 milhões ocorrem em más condições.

Desde a Conferência do Cairo, o acesso aos meios anticoncepcionais se ampliou no mundo, mas em 2000, 123 milhões de mulheres continuavam sem acesso a métodos seguros e eficazes, assinalou, por sua parte, Thoraya Ahmed Obaid, diretora executiva do FNUAP. Quanto à violência sexual, é sofrida em certos países numa média de uma mulher em cada quatro.




Fonte: Agência AFP

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