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Telefonia celular cresce 40,6% em um ano
São Paulo - O crescimento da telefonia celular no Brasil continua surpreendendo indústria e especialistas. No fim de maio, a base nacional atingiu 52,4 milhões de clientes, um aumento de 40,6% ante igual período de 2003, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Os novos usuários conquistados em abril e maio já ultrapassam o total de clientes surgidos em todo o primeiro trimestre deste ano. Foram quase 3,3 milhões de novos consumidores em dois meses, ante os 2,7 milhões cadastrados de janeiro a março. A taxa de penetração da telefonia celular subiu de 26,2% no começo do ano para 29,2% em maio.
A aceleração do crescimento começou no segundo semestre do ano passado, com o aumento de campanhas de marketing e promoções provocadas pela entrada de novos competidores no setor. Desde então, o ritmo da expansão só aumenta.
Para acompanhar essa evolução, as empresas têm de correr com os investimentos. Mesmo com esforço das operadoras, os consumidores sentem o peso do forte aumento das vendas e enfrentam problemas, como maior espera para cadastramento de aparelhos, quedas na rede e dificuldade para registro de caixa postal.
O diretor de marketing estratégico da Vivo, André Mastrobuono, disse que a companhia já elevou em 50% os investimentos programados no ano para a ampliação de capacidade da rede. Apesar de não revelar valores, afirmou que, mesmo assim, há solicitação para mais recursos.
O executivo disse que alguns problemas fazem parte da vigorosa fase do setor. "Estamos tendo de trocar as turbinas em pleno vôo", disse, ao explicar que a companhia realiza as adaptações necessárias em meio às atividade e em plena fase de crescimento.
O analista do Unibanco Research Edigimar Maximiliano afirmou que o aumento da base já superou, em maio, a projeção para junho. Ele estimava que a base nacional alcançaria os 52 milhões de usuários somente no final deste mês, depois de passar pelas promoções do Dia dos Namorados.
Na opinião do especialista, o mercado brasileiro deve atingir a maturidade quando chegar a 70 milhões de celulares em funcionamento, o equivalente a uma taxa de penetração de 40%. A aposta do especialista é que isso ocorra em 2006.
Jacqueline Lison, especialista da Fator Corretora, disse que a explicação para o contínuo crescimento das vendas de celulares é que o aparelho tornou-se um "fenômeno cultural". Na prática, isso quer dizer que, quanto mais pessoas têm o aparelho, mais outras pessoas querem ter.
Mastrobuono, da Vivo, acredita que a mobilidade nas comunicações está inserida na rotina das pessoas, assim como ocorreu com o automóvel e o CD, que aos poucos se popularizaram. Segundo ele, não será surpreendente se 2005 mantiver uma expansão acelerada do serviço.
Sobre investimentos, o executivo explicou que a companhia não pode antecipar as aplicações sem garantia de que haverá, de fato, a demanda. "Há uma grande diferença entre saber que o crescimento virá e estar preparado para ele." De acordo com o executivo, a atividade comercial da empresa só não é mais incentivada porque a Vivo quer garantir a qualidade do serviço prestado.
Os novos usuários conquistados em abril e maio já ultrapassam o total de clientes surgidos em todo o primeiro trimestre deste ano. Foram quase 3,3 milhões de novos consumidores em dois meses, ante os 2,7 milhões cadastrados de janeiro a março. A taxa de penetração da telefonia celular subiu de 26,2% no começo do ano para 29,2% em maio.
A aceleração do crescimento começou no segundo semestre do ano passado, com o aumento de campanhas de marketing e promoções provocadas pela entrada de novos competidores no setor. Desde então, o ritmo da expansão só aumenta.
Para acompanhar essa evolução, as empresas têm de correr com os investimentos. Mesmo com esforço das operadoras, os consumidores sentem o peso do forte aumento das vendas e enfrentam problemas, como maior espera para cadastramento de aparelhos, quedas na rede e dificuldade para registro de caixa postal.
O diretor de marketing estratégico da Vivo, André Mastrobuono, disse que a companhia já elevou em 50% os investimentos programados no ano para a ampliação de capacidade da rede. Apesar de não revelar valores, afirmou que, mesmo assim, há solicitação para mais recursos.
O executivo disse que alguns problemas fazem parte da vigorosa fase do setor. "Estamos tendo de trocar as turbinas em pleno vôo", disse, ao explicar que a companhia realiza as adaptações necessárias em meio às atividade e em plena fase de crescimento.
O analista do Unibanco Research Edigimar Maximiliano afirmou que o aumento da base já superou, em maio, a projeção para junho. Ele estimava que a base nacional alcançaria os 52 milhões de usuários somente no final deste mês, depois de passar pelas promoções do Dia dos Namorados.
Na opinião do especialista, o mercado brasileiro deve atingir a maturidade quando chegar a 70 milhões de celulares em funcionamento, o equivalente a uma taxa de penetração de 40%. A aposta do especialista é que isso ocorra em 2006.
Jacqueline Lison, especialista da Fator Corretora, disse que a explicação para o contínuo crescimento das vendas de celulares é que o aparelho tornou-se um "fenômeno cultural". Na prática, isso quer dizer que, quanto mais pessoas têm o aparelho, mais outras pessoas querem ter.
Mastrobuono, da Vivo, acredita que a mobilidade nas comunicações está inserida na rotina das pessoas, assim como ocorreu com o automóvel e o CD, que aos poucos se popularizaram. Segundo ele, não será surpreendente se 2005 mantiver uma expansão acelerada do serviço.
Sobre investimentos, o executivo explicou que a companhia não pode antecipar as aplicações sem garantia de que haverá, de fato, a demanda. "Há uma grande diferença entre saber que o crescimento virá e estar preparado para ele." De acordo com o executivo, a atividade comercial da empresa só não é mais incentivada porque a Vivo quer garantir a qualidade do serviço prestado.
Fonte:
Estadão.com
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