Teto desaba em escola e fere 150 em Natal

O teto do pátio do Centro Municipal de Educação Infantil Marise Paiva desabou na tarde de sábado, em Natal, Rio Grande do Norte, ferindo 150 das 500 pessoas que estavam no local em uma festa junina. De acordo com informações do Hospital Walfredo Gurgel, duas pessoas estão em estado grave com traumatismo craniano e uma criança com fratura exposta nas duas pernas. Dezoito pessoas foram socorridas no Hospital Santa Catarina, na zona norte.

O acidente ocorreu 30 minutos depois de iniciada a festa junina, no bairro Cidade Nova. A construção da escola era nova e a inauguração foi em março deste ano. O Corpo de Bombeiros interditou o colégio depois do acidente. "As salas de aula não correm risco de desabar, mas a escola está toda interditada", afirmou o tenente Lucena, do Corpo de Bombeiros.

Ele confirma a falha na estrutura do teto. "Com as chuvas as telhas ficaram mais pesadas e a estrutura falha não sustentou. Foi a "tesoura" (como chama a estrutura principal do telhado) que desabou", diz o militar, numa avaliação prévia.

Para identificar as crianças atendidas no Pronto Socorro Clóvis Sarinho, a direção do colégio levou as sete pastas com as fichas dos alunos para a unidade de saúde. O Centro Municipal de Educação Infantil Marise Paiva, localizado na rua principal de Cidade Nova, funcionava nos turnos da manhã e tarde. No total, cerca de 350 crianças, entre 4 e 6 anos, estudavam no colégio. Embora tenha sido inaugurada no dia 9 de março deste ano, a escola já funcionava desde o ano passado.

A construtora Engenorte foi a responsável pela execução da obra do Centro Municipal de Educação Infantil Marise Paiva. O projeto de cálculo estrutural foi feito pela Nortec. O secretário municipal de Obras e Viação (Semov), Damião Pita, diz que ainda é prematuro indicar culpados. Mas garante que o erro só pode ter sido de uma das duas empresas.

Ele diz que a obra da escola havia sido iniciada por uma construtora, que não concluiu. Em seguida foi feita uma nova licitação para conclusão desta obra. O secretário da Semov afirma que a empresa responsável pela obra poderá ter como punição ficar impedida de participar de obras públicas. Além disso, o CREA também abrirá processo contra os responsáveis.

O prefeito Carlos Eduardo Alves garantiu que será formada uma comissão com representantes do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) e do Ministério Público para apurar os responsáveis pelo acidente.