Papa exorta "máxima proteção" ao casamento heterossexual
"A família, o núcleo central e fundamental de toda a sociedade, merece a máxima proteção e ajuda para realizar sua missão", declarou.
O papa disse que "não pode ceder a certas vozes que parecem confundir o casamento com outras formas de união que são completamente diferentes ou até contrárias ao casamento".
Após Massachusetts se tornar em maio o primeiro Estado dos EUA a permitir casamentos gays, o tema entrou para o centro dos debates durante a campanha presidencial americana.
O presidente George W. Bush defende uma emenda constitucional para banir o casamento gay.
Quando visitou o papa, no dia 4 de junho, Bush pediu a autoridades do Vaticano para encorajarem bispos americanos a criticar mais o casamento gay, afirmou uma fonte do Vaticano.
Um porta-voz presidencial declarou que Bush e autoridades do Vaticano discutiram "prioridades conjuntas" durante seus encontros no Vaticano.
O virtual candidato democrata John Kerry, senador de Massachusetts, se opõe ao casamento gay, mas apóia algum tipo de união civil entre pessoas do mesmo sexo. Kerry é contra uma emenda constitucional para banir o casamento gay.
O papa disse ainda que os direitos da família devem estar acima de todos os outros. "Entre esses direitos estão nascer e crescer em um lar estável onde as palavras mãe e pai possam ser ditas com alegria e sem engano", afirmou.
João Paulo 2º também declarou que autoridades têm o dever de se opor ao aborto. "Autoridades públicas, responsáveis pelos direitos de todos, têm a obrigação de defender a vida, particularmente dos mais fracos", disse.
Militantes antiaborto exortam bispos a não conceder comunhão a Kerry, católico e defensor do direito ao aborto.
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