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Juiz condena Arcanjo a mais 5 anos de cadeia por sonegação
O juiz César Augusto Bearsi condenou o bicheiro João Arcanjo Ribeiro a cinco anos de cadeia e mais 360 dias-multa pelo crime de sonegação fiscal. A sentença, assinada na última terça-feira, é resultado da denúncia do Ministério Público, que investigou as operações da Indústria e Comércio de Cereais Itatiaia e constatou uma movimentação não declarada de aproximadamente R$ 39 milhões, entre os anos de 1998 e 99.
Além de Arcanjo, a Justiça também condenou o contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves a 4 anos e meio de cadeia mais multa. A filha deste, Ely Joana Gonçalves Bertoldi, pegou quatro anos e o marido dela, Davi Bertoldi, foi condenado a 3.
Uma investigação iniciada em 1999 revelou que a Itatiaia havia sido inserida no regime especial de tributação da Secretaria Estadual de Fazenda. Descobriu-se que servidores envolvidos com o grupo de Arcanjo faziam vista grossa nas fiscalizações, o que possibilitou um rombo de pelo menos R$ 11 milhões somente em tributos federais não pagos.
A denúncia contra a Itatiaia foi protocolada na Justiça Federal ainda em 1999 e colocava como réus Fernando Adorno Robinson e Kátia Viegas Minosso, que eram formalmente os proprietários da empresa. Como a Justiça jamais conseguiu intimá-los, descobriu-se que se tratavam de “laranjas”.
A Itatiaia foi criada em 1988 e não atuou durante dez anos. Em 1998, Fernando e Kátia passaram a ser seus “sócios”. O Ministério Público descobriu que o escritório da Itatiaia havia sido transferido para o endereço da ex-mulher do bicheiro, o que começava a mostrar a ligação dele com a empresa. A partir dessa data, toda a contabilidade passou a ser responsabilidade de Luiz Alberto Dondo Gonçalves, por “coincidência” o contador de Arcanjo.
Em uma das alterações contratuais, a Itatiaia passou a ser propriedade de Ely Joana Bertoldi e Davi Bertoldi. A quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa mostrou uma intensa movimentação financeira com a Confiança Factoring, a maior financeira de Arcanjo.
Em sua decisão, o juiz foi irônico em falar da atuação da Itatiaia. Segundo Bearsi a empresa que, por dez anos só atuou no papel, passou a ter uma movimentação milionária a partir da data em que mudou para o endereço de um imóvel da ex-mulher do bicheiro. “Tendo sua escrituração contábil cuidada pelo habilidoso contador de João Arcanjo”, escreveu o juiz.
Bearsi relata que a empresa foi adquirida dentro do esquema geral de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal empregado por Arcanjo. Assim como no caso de outras empresas, o bicheiro não era o sócio ostensivo, o que a fez ficar em nome da filha e do genro de seu contador.
O juiz escreve que Arcanjo “deixou sua digitais em mais este negócio ilícito, ao usar o mesmo contador, ao usar dinheiro de sua factoring e chegar ao cúmulo de instalar a empresa em imóvel de sua ex-esposa, o mesmo imóvel que o MPF noticiou nos autos ter sido aproveitado depois da saída (sic) da empresa Itatiaia para instalar uma central de jogo do bicho”.
Com a nova condenação, João Arcanjo Ribeiro agora soma 49 anos de cadeia. No ano passado, ele já havia sido sentenciado a sete anos por porte ilegal de armas e a 38 por lavagem de dinheiro e crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Essa também não é a primeira condenação de Dondo. Ele já foi sentenciado a 35 anos e dez meses de cadeia por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Seu genro também já havia sido condenado a 9 anos e três meses pelo mesmo crime, mas pôde recorrer em liberdade.
Além de Arcanjo, a Justiça também condenou o contador Luiz Alberto Dondo Gonçalves a 4 anos e meio de cadeia mais multa. A filha deste, Ely Joana Gonçalves Bertoldi, pegou quatro anos e o marido dela, Davi Bertoldi, foi condenado a 3.
Uma investigação iniciada em 1999 revelou que a Itatiaia havia sido inserida no regime especial de tributação da Secretaria Estadual de Fazenda. Descobriu-se que servidores envolvidos com o grupo de Arcanjo faziam vista grossa nas fiscalizações, o que possibilitou um rombo de pelo menos R$ 11 milhões somente em tributos federais não pagos.
A denúncia contra a Itatiaia foi protocolada na Justiça Federal ainda em 1999 e colocava como réus Fernando Adorno Robinson e Kátia Viegas Minosso, que eram formalmente os proprietários da empresa. Como a Justiça jamais conseguiu intimá-los, descobriu-se que se tratavam de “laranjas”.
A Itatiaia foi criada em 1988 e não atuou durante dez anos. Em 1998, Fernando e Kátia passaram a ser seus “sócios”. O Ministério Público descobriu que o escritório da Itatiaia havia sido transferido para o endereço da ex-mulher do bicheiro, o que começava a mostrar a ligação dele com a empresa. A partir dessa data, toda a contabilidade passou a ser responsabilidade de Luiz Alberto Dondo Gonçalves, por “coincidência” o contador de Arcanjo.
Em uma das alterações contratuais, a Itatiaia passou a ser propriedade de Ely Joana Bertoldi e Davi Bertoldi. A quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa mostrou uma intensa movimentação financeira com a Confiança Factoring, a maior financeira de Arcanjo.
Em sua decisão, o juiz foi irônico em falar da atuação da Itatiaia. Segundo Bearsi a empresa que, por dez anos só atuou no papel, passou a ter uma movimentação milionária a partir da data em que mudou para o endereço de um imóvel da ex-mulher do bicheiro. “Tendo sua escrituração contábil cuidada pelo habilidoso contador de João Arcanjo”, escreveu o juiz.
Bearsi relata que a empresa foi adquirida dentro do esquema geral de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal empregado por Arcanjo. Assim como no caso de outras empresas, o bicheiro não era o sócio ostensivo, o que a fez ficar em nome da filha e do genro de seu contador.
O juiz escreve que Arcanjo “deixou sua digitais em mais este negócio ilícito, ao usar o mesmo contador, ao usar dinheiro de sua factoring e chegar ao cúmulo de instalar a empresa em imóvel de sua ex-esposa, o mesmo imóvel que o MPF noticiou nos autos ter sido aproveitado depois da saída (sic) da empresa Itatiaia para instalar uma central de jogo do bicho”.
Com a nova condenação, João Arcanjo Ribeiro agora soma 49 anos de cadeia. No ano passado, ele já havia sido sentenciado a sete anos por porte ilegal de armas e a 38 por lavagem de dinheiro e crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Essa também não é a primeira condenação de Dondo. Ele já foi sentenciado a 35 anos e dez meses de cadeia por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Seu genro também já havia sido condenado a 9 anos e três meses pelo mesmo crime, mas pôde recorrer em liberdade.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380056/visualizar/
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