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Arafat reconhece Israel como Estado judeu
O presidente palestino, Yasser Arafat, declarou hoje que entende que Israel deve preservar seu caráter como "Estado judeu". Arafat ressaltou que isso não implica deixar de lado a exigência de que um número indeterminado de refugiados regresse ao território israelense dentro de um futuro acordo de paz.
"Certamente, (os palestinos) o aceitaram de forma pública e formal em 1988 em (uma decisão de) nosso Conselho Nacional", diz o rais (presidente) em uma entrevista ao jornal Haaretz, ao ser interpelado sobre Israel perder seu caráter judeu se autorizar a entrada de 3,7 milhões de refugiados palestinos.
Esta é a primeira vez que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) reconhece Israel como "Estado judeu", uma postura que se absteve de expressar no passado para não ofender os mais de um milhão de palestinos que residem dentro do território israelense e deixar aberta a questão dos refugiados.
Arafat explicou em entrevista ao jornal que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) adotou como sua a resolução de abril de 2002 da Liga Árabe, que exorta a uma solução justa e negociada para o problema dos refugiados e baseada na resolução 194 das Nações Unidas. problema dos refugiados palestinos, junto com o de Jerusalém, foi um dos empecilhos que, segundo diferentes analistas, fez fracassar as negociações de Camp David (2000) e de Taba (2001).
Israel se nega a aceitá-los em seu território porque isso significaria uma mudança demográfica em sua sociedade, ao equiparar as populações judaica e palestina em torno dos cinco milhões cada uma. Por isso, os distintos governos israelenses alegaram que a criação de um Estado palestino é parte intrínseca da solução do problema dos refugiados, e que é para ali que devem regressar.
No entanto, na entrevista Arafat deixa aberta a possibilidade de exigir em futuras negociações que um número indeterminado de refugiados volte para suas casas em Israel, em particular do grupo de mais ou menos 200 mil que residem no Líbano em condições muito difíceis. "Por que cristãos da Rússia têm o direito de viver (em Israel) e os palestinos cristãos não?", se pergunta o rais em alusão aos mais de 250 mil russos não judeus chegados a Israel na última década.
Desde sua criação em 1948 Israel aplica uma política de portas abertas ao ingresso de judeus da diáspora, e esses 250 mil russos entraram no país como cônjuges de judeus russos ou porque eles mesmos eram descendentes de judeus até a segunda geração. Sobre as fronteiras definitivas entre Israel e o futuro Estado palestino, o presidente da ANP se mostra disposto a uma troca de territórios com Israel para conseguir a paz.
"A base deve ser 100% do território", ressalta Arafat, ao exigir a completa devolução de Gaza e 97% ou 98% da Cisjordânia. Os restantes 2 ou 3% do território da Cisjordânia, que Israel anexaria para conservar alguns dos assentamentos judaicos maiores, deverá ser retribuído aos palestinos de áreas que estão agora sob soberania israelense, segundo Arafat.
"Certamente, (os palestinos) o aceitaram de forma pública e formal em 1988 em (uma decisão de) nosso Conselho Nacional", diz o rais (presidente) em uma entrevista ao jornal Haaretz, ao ser interpelado sobre Israel perder seu caráter judeu se autorizar a entrada de 3,7 milhões de refugiados palestinos.
Esta é a primeira vez que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) reconhece Israel como "Estado judeu", uma postura que se absteve de expressar no passado para não ofender os mais de um milhão de palestinos que residem dentro do território israelense e deixar aberta a questão dos refugiados.
Arafat explicou em entrevista ao jornal que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) adotou como sua a resolução de abril de 2002 da Liga Árabe, que exorta a uma solução justa e negociada para o problema dos refugiados e baseada na resolução 194 das Nações Unidas. problema dos refugiados palestinos, junto com o de Jerusalém, foi um dos empecilhos que, segundo diferentes analistas, fez fracassar as negociações de Camp David (2000) e de Taba (2001).
Israel se nega a aceitá-los em seu território porque isso significaria uma mudança demográfica em sua sociedade, ao equiparar as populações judaica e palestina em torno dos cinco milhões cada uma. Por isso, os distintos governos israelenses alegaram que a criação de um Estado palestino é parte intrínseca da solução do problema dos refugiados, e que é para ali que devem regressar.
No entanto, na entrevista Arafat deixa aberta a possibilidade de exigir em futuras negociações que um número indeterminado de refugiados volte para suas casas em Israel, em particular do grupo de mais ou menos 200 mil que residem no Líbano em condições muito difíceis. "Por que cristãos da Rússia têm o direito de viver (em Israel) e os palestinos cristãos não?", se pergunta o rais em alusão aos mais de 250 mil russos não judeus chegados a Israel na última década.
Desde sua criação em 1948 Israel aplica uma política de portas abertas ao ingresso de judeus da diáspora, e esses 250 mil russos entraram no país como cônjuges de judeus russos ou porque eles mesmos eram descendentes de judeus até a segunda geração. Sobre as fronteiras definitivas entre Israel e o futuro Estado palestino, o presidente da ANP se mostra disposto a uma troca de territórios com Israel para conseguir a paz.
"A base deve ser 100% do território", ressalta Arafat, ao exigir a completa devolução de Gaza e 97% ou 98% da Cisjordânia. Os restantes 2 ou 3% do território da Cisjordânia, que Israel anexaria para conservar alguns dos assentamentos judaicos maiores, deverá ser retribuído aos palestinos de áreas que estão agora sob soberania israelense, segundo Arafat.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380160/visualizar/
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