Secretário diz que situação do saneamento no país é constrangedora

A situação do país no setor de saneamento ambiental é constrangedora. A avaliação é do secretário nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Abelardo de Oliveira Filho, que participou hoje de palestra na Feira e Congresso Internacional de Cidades (Urbis), em São Paulo.

Segundo Oliveira Filho, 45 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável e 83 milhões de famílias não têm ligação de esgotos em suas casas. Além disso, 14 milhões de pessoas não têm seu lixo coletado regularmente. "Essa é uma situação em que o governo federal tem priorizado. Estamos retomando os investimentos e os financiamentos, principalmente com

recursos do FGTS. Só no ano passado foram contratados R$ 1,7 bilhão. Neste ano os investimentos devem ultrapassar R$ 3 bilhões somente com recursos onerosos (FGTS). Se conseguirmos executar todo o plano previsto, vamos chegar a quase R$ 5 bilhões".

Para garantir que os recursos sejam realmente utilizados em obras de saneamento, o governo trabalha com mecanismos que possibilitam o controle social, com a participação da sociedade no levantamento e na fiscalização da utilização desses recursos, informou Oliveira Filho. "O governo federal tem uma preocupação imensa com a qualificação e a efetividade do gasto com o recurso público. Constatamos que os poucos recursos que foram disponibilizados foram muito mal utilizados e por isso a preocupação", disse.