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Venezuela vive a "maldição do petróleo", diz Cisneros
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, costuma responsabilizar o empresário Gustavo Cisneros pelo fracassado golpe militar de abril de 2002 que o tirou do poder por alguns dias.
Entre outros indícios de sua suposição, Chávez aponta o fato de que o empresário jantou na noite de 11 de abril daquele ano com o empresário Pedro Carmona, líder civil do golpe, horas antes de este anunciar a mudança de governo num pronunciamento confuso às TVs venezuelanas --uma delas, a Venevisión, de propriedade de Cisneros.
Chávez também acusa freqüentemente Cisneros, a quem considera um "oligarca", de usar a mídia venezuelana para incitar a população contra seu governo.
Cisneros responde a todas essas acusações com calma e serenidade visivelmente medidas.
"Ninguém sabia que Carmona seria chefe de governo num golpe. Surpreendi-me muito. Tanto que condenei os fatos assim que os conheci", diz o empresário. "Havia umas 50 pessoas naquele jantar, muita gente para um movimento conspiratório. Carmona fez um golpe solitário. Não há evidências de participação minha, dos EUA ou da igreja."
Cisneros diz pregar uma saída democrática para a Venezuela e promete que sua emissora irá cobrir com "equilíbrio" o plebiscito que definirá o futuro do governo Chávez em alguns meses.
A oposição venezuelana exigiu que o plebiscito que pode abreviar o mandato do presidente Chávez seja marcado para 8 de agosto, assegurando que, caso ele seja derrotado, seu substituto depois seja eleito.
A Constituição venezuelana determina que o plebiscito seja realizado até 19 de agosto, quando o mandato do presidente chega à metade, para que um substituto seja escolhido em eleições. Caso a consulta popular ocorra depois dessa data, o vice-presidente completaria o mandato.
Segundo Cisneros, a culpa pela instabilidade política na Venezuela não pode ser creditada apenas a Chávez, mas ao que chama de "maldição do petróleo".
"O petróleo permitiu aos partidos políticos serem ineficientes em exigir do governo melhor distribuição da riqueza. O dinheiro do petróleo é malgasto em burocracia e ineficiência. A classe média venezuelana, que vinha crescendo na década de 70, apesar do Estado, enfrenta hoje uma crise triste."
Cisneros diz não haver nenhuma relação entre Chávez e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Sempre soube que Lula não era um Chávez. Através dos anos, lera muito sobre ele. É um homem que veio do sindicalismo. Como sindicalismo, queria melhorar o capitalismo. A visão de Chávez nem sei qual é. Lula quer expandir a economia brasileira a um ritmo de 8% ao ano para criar empregos. Com Chávez, a Venezuela ficou estagnada."
Entre outros indícios de sua suposição, Chávez aponta o fato de que o empresário jantou na noite de 11 de abril daquele ano com o empresário Pedro Carmona, líder civil do golpe, horas antes de este anunciar a mudança de governo num pronunciamento confuso às TVs venezuelanas --uma delas, a Venevisión, de propriedade de Cisneros.
Chávez também acusa freqüentemente Cisneros, a quem considera um "oligarca", de usar a mídia venezuelana para incitar a população contra seu governo.
Cisneros responde a todas essas acusações com calma e serenidade visivelmente medidas.
"Ninguém sabia que Carmona seria chefe de governo num golpe. Surpreendi-me muito. Tanto que condenei os fatos assim que os conheci", diz o empresário. "Havia umas 50 pessoas naquele jantar, muita gente para um movimento conspiratório. Carmona fez um golpe solitário. Não há evidências de participação minha, dos EUA ou da igreja."
Cisneros diz pregar uma saída democrática para a Venezuela e promete que sua emissora irá cobrir com "equilíbrio" o plebiscito que definirá o futuro do governo Chávez em alguns meses.
A oposição venezuelana exigiu que o plebiscito que pode abreviar o mandato do presidente Chávez seja marcado para 8 de agosto, assegurando que, caso ele seja derrotado, seu substituto depois seja eleito.
A Constituição venezuelana determina que o plebiscito seja realizado até 19 de agosto, quando o mandato do presidente chega à metade, para que um substituto seja escolhido em eleições. Caso a consulta popular ocorra depois dessa data, o vice-presidente completaria o mandato.
Segundo Cisneros, a culpa pela instabilidade política na Venezuela não pode ser creditada apenas a Chávez, mas ao que chama de "maldição do petróleo".
"O petróleo permitiu aos partidos políticos serem ineficientes em exigir do governo melhor distribuição da riqueza. O dinheiro do petróleo é malgasto em burocracia e ineficiência. A classe média venezuelana, que vinha crescendo na década de 70, apesar do Estado, enfrenta hoje uma crise triste."
Cisneros diz não haver nenhuma relação entre Chávez e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Sempre soube que Lula não era um Chávez. Através dos anos, lera muito sobre ele. É um homem que veio do sindicalismo. Como sindicalismo, queria melhorar o capitalismo. A visão de Chávez nem sei qual é. Lula quer expandir a economia brasileira a um ritmo de 8% ao ano para criar empregos. Com Chávez, a Venezuela ficou estagnada."
Fonte:
Cuiabá/MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380288/visualizar/
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