Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 15 de Junho de 2004 às 14:28

    Imprimir


O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, emergiu desafiador nesta terça-feira de uma nova e histórica derrota do Partido Trabalhista nas urnas, atribuída por observadores à impopularidade da decisão de atacar o Iraque.

Em sua entrevista coletiva mensal, Blair defendeu sua decisão de participar da ação militar contra o regime de Saddam Hussein e suas políticas em relação à Europa, apesar da acachapante derrota trabalhista nas eleições locais de semana passada e para o Parlamento Europeu, que terminaram no domingo.

O premier admitiu que a guerra despertou "sentimentos fortes" no público, mas disse que foi certo derrubar Saddam, sinalizando ainda que não vai mudar sua política em relação ao Iraque ou a outros assuntos por causa dos resultados eleitorais.

- Em posições de liderança você deve escolher o que acredita ser a decisão certa para o país e isso não é sempre igual à posição popular - disse ele. - Acredito tão apaixonadamente agora quanto antes, que estados hostis, terrorismo e armas de destruição em massa sejam de fato as ameaças de segurança do século XXI que temos que confrontar - afirmou.

Blair admitiu que recebeu uma mensagem dura dos eleitores, que deram ao Partido da Independência da Grã-Bretanha (UKIP, na sigla em inglês), que pretence ao grupo de políticos contrários à adesão à União Européia (UE), os chamados eurocéticos, 12 assentos no Parlamento Europeu. Mas ele afirmou que seria um ato de "extrema tolice" retirar a Grã-Bretanha do bloco econômico, como quer o UKIP.

- Não marginalizaremos a Grã-Bretanha na Europa simplesmente por fazê-lo - disse. - É do interesse da Grã-Bretanha estar no coração da Europa, quaisquer que sejam os problemas e as dificuldades da Europa.

Blair foi desafiador ao afirmar que está pronto para lutar pela Constituição européia, que deve ser assinada numa cúpula de líderes da UE no fim da semana - e que será submetida a um referendo britânico.

- Nenhum político pode se dar ao luxo de fazer ouvidos moucos à voz do eleitorado - disse ele. - Claramente há grandes desafios à frente para o país, preocupações que temos que abordar, grandes discussões a serem vencidas a respeito do futuro da política desse país. Mas essas são discussões que estou preparado para vencer.




Fonte: Cuiabá/MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380496/visualizar/